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terça-feira, 16 de março de 2010

Geléia cerebral....


"O Vaticano recomendou nesta terça-feira que os sacerdotes católicos não superem os oito minutos durante os sermões das missas (...)"

Conforme matéria, da qual retirei o excerto acima , o Vaticano recomenda que as homilias, isto é, os sermões não superem a oito minutos !!!!, isto mesmo 8 minutos. Segundo a instituição este é o tempo médio de concentração do auditório. Concordo que sermões extensos demais são difíceis de acompanhar, por isso procuro ficar no máximo em 30 minutos, mas 8 minutos? Fica difícil até de fazer uma introdução em 8 minutos... como ler o texto bíblico, explicar o contexto histórico dos acontecimentos, fazer a contextualização do mesmo e a aplicação em 8 minutos?

Bem devo admitir que hoje em dia há sermões (se podemos dar este título) que determinados "pastores" pregam que apesar de levarem mais de 40 minutos falando não se chega a aproveitar 1minuto...

Da forma como estamos indo a próxima geração não terá condições de manter a concentração em um discurso por mais de 2 minutos, dai substituiremos os sermões por propaganda bíblicas, formato que estas mentes podem estar mais bem preparadas para compreender...

Só tenho a lamentar... cada vez mais tenho a impressão que a idade das trevas ainda está para se implantar, apesar de um mundo altamente interligado e com ferramentas de comunicação e de conhecimento fantásticas, é ou não é um paradoxo?

Segue texto da notícia na integra:

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=30554



Vaticano recomendou nesta terça-feira que os sacerdotes católicos não superem os oito minutos durante os sermões das missas, que se empenhem em preparar melhor o conteúdo de suas pregações e que não cansem os fiéis.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 10-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Essas e outras sugestões fazem parte do livro "A palavra de Deus", escrito pelo secretário-geral do Sínodo dos Bispos da Sé Apostólica, Nikola Eterovic, que foi apresentado nesta terça-feira na sede da Rádio do Vaticano.

No texto, Eterovic indicou que, antes de pregar a Bíblia, é necessário estudá-la e acompanhar esse estudo com a oração. Além do conteúdo adequado, "não se deve minimizar aspectos mais formais da pregação", estabeleceu.

"Não são poucos os sacerdotes ou diáconos que têm dificuldade de preparar suas próprias homilias ou para falar em público", reconheceu ao indicar que em Paris, França, desde 2007, existem cursos para clérigos sobre como melhorar seus sermões.

Esses seminários dão cinco sugestões: determinar o tema principal da homilia, suscitar o interesse dos fiéis, fazer de tudo para transmitir a própria convicção, ajudá-los a memorizar o tema repetindo-o várias vezes e tornar os fiéis partícipes com propostas concretas.

"É útil lembrar que a homilia não deveria superar os oito minutos, tempo médio de concentração do auditório. O pregador pode escrever a homilia, mas, no momento de pregar, deveria se servir de um esquema que lhe permita seguir o fio lógico olhando para os fiéis", defendeu.

"Para ser atual – acrescentou Eterovic – o pregador deveria manter uma mão na Bíblia e outra no jornal".

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