Uma pequena parte do artigo que estou escrevendo para coletânea de vários autores sobre os desafios do Cristianismo para o século XXI
Baseado em uma avaliação teológico - pastoral do Salmos 139
7 Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?
8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também.
De Deus não se escapa. Ele é Deus somente porque d’Ele não se escapa. E apenas aquele do qual não se pode escapar é Deus.
Não há lugar para o qual possamos tentar fugir de Deus, que esteja fora do próprio Deus। “Se eu subo aos céus, tu estás lá”. Parece natural que Deus esteja nos céus, e muito estranho desejarmos subir aos céus a fim de escapar d’Ele.
Não há lugar para o qual possamos tentar fugir de Deus, que esteja fora do próprio Deus। “Se eu subo aos céus, tu estás lá”. Parece natural que Deus esteja nos céus, e muito estranho desejarmos subir aos céus a fim de escapar d’Ele.
Mas é justamente isso que os idealistas de todas as eras têm tentado fazer. Eles têm tentado subir a um céu de perfeição e verdade, de justiça e paz, onde Deus não é procurado. Tal céu é um produto da feitura humana, sem o incômodo do Divino Espírito e sem a presença julgadora da Face Divina. Antes, esse lugar é um “lugar nenhum”; é uma “utopia”, uma ilusão idealística.
Quantas tentativas de se criar uma sociedade mais justa, hamônica, feliz já se tentou??
Desde a Polís grega, passando pela República dos romanos, pela sociedade Comunista, Capitalista, todas as tentativas acabaram ficando aquém do que seria aceitável, por que?
Simplesmente porque em todas falta Deus, tenta-se criar a esperança do Reino de Deus através de mãos humanas, todas são apenas sombras pálidas das promessas de Deus, uma sociedade por melhor que sejam seus sistemas econômicos, políticos e econômicos sem Deus não funciona.
Robson Calvalcanti, profundo pesquisador do campo político-social e religioso avaliando as escolhas de governantes e sistemas políticos :
“(...) No seu discurso de despedida Samuel da a receita para o sucesso da monarquia recém instaurada: “ Se temerdes ao Senhor, e o servirdes e lhe atendenderdes a voz, e não lhe fordes rebeldes ao mandato e seguirdes ao Senhor vosso Deus, assim como vosso rei que governa sobre vós, bem será... Se porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como vosso rei” (II Sm. 12:14-25).
Essa admoestação pode ter um carater normativo e geral: o sucesso de qualquer modelo político ou de um governante, está em uma adequação ao postulados da Revolução, tanto por parte de goverdandos quanto de governantes. Caso contrário conhecerão o fracasso. O problema básico, então não é este ou aquele modelo em si, mas a maneira de seu exercício, o conteudo étido de cidadões e diregentes, como individuos e no desempenho de seus cargos,
É o qe se observará com os três reis da monarqui unificada; Saul, Davi e Salomão. A primeira fase do governo de Saul é um sucesso, tanto no campo militar quanto no adminstrativo. Israel alarga e consolida as suas fronteiras e se afirma como nação soberana. A desobediência de Saul, que chega ao ponto de consultar uma médium, o esfriamento da sua vida espiritual, o embrutecimento de seu carater, o conduzem à decadencia e a morte, e Israel a uma grande derrtoa militar diante dos filisteus. Interessante a sua racionaliação: ele se desviara de Deus, mas dizia na sessão espirita: “... e Deus se desviou de mim, e já não me responde.” (I Sm 28:15)
Qualquer nação pode pagar caro o seguir um governante apartado dos caminhos do Senhor. Isso tem ocorrido com frequencia na História deste século: Hitler, Stalin, etc...Que pensar de nosso proprio pais, quando elegemos governantes que entre outros pecados, consultam os mortos? Podemos ser vitorisoso?” (CALVACANTI, 1988, pg 32)
Da mesma forma que uma Teocracia também não funcionaria, porque ainda que em nome de Deus ela é feita por mãos humanas, tentando agradar a Deus. Um dos piores erros que podemos cometer é tentarmos criar sistemas para agradar a Deus. Os escribas e fariseus queriam fazer um sistema para agradar a Deus.
“Se eu fizer a minha cama no inferno, eis que tu estás lá”. O inferno ou sheol, a habitação dos mortos, pareceria ser o lugar certo para se esconder de Deus. E é para lá que todos os que anseiam pela morte pretendem fugir, a fim de escapar de escapar das Demandas Divinas.
Eu estou convicto de que não há nenhum sequer no nosso meio que jamais, em algum momento, tenha desejado se livrar do julgo da existência, saindo dela.
Mas todos nós sabemos, lá no fundo da nossa alma, que a morte não provê um escape dessa consciência que há em nós.
9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Voar para os confins da terra não significaria fugir de Deus. Nossa civilização moderna tenta justamente isso, a fim de se libertar da falta de conhecimento, o qual é o centro da vida e do sentido.
O método moderno de fugir de Deus é correr mais e mais adiante, tão rápido quanto o brilho do amanhecer, conquistar mais e mais espaço em todas as direções, em todos os caminhos humanamente possíveis, estar sempre ativo, estar sempre planejando, e estar sempre preparando.
Quando não queremos encarar a realidade, quando queremos fugir de Deus, tentamos substituir Deus, criando outros deuses, o trabalho, o dinheiro, o poder, quantas vezes criamos nosso deus particular, para não encararmos a vida, procuramos mais e mais atividades, não queremos parar, correndo para o nada.... Diz-se que o pior inimigo do homem moderno hoje é o silêncio, o silêncio nos faz pensar e não queremos pensar.
Mas a mão de Deus cai sobre nós; e ela tem caído de forma estrondosa e destrutiva sobre a nossa civilização fujona; esse nosso vôo provou ser vão
(...)
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