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segunda-feira, 4 de abril de 2011

fraternitati libertatis

"Os motivos do assassínio de Jesus são de dupla ordem, ambas alcançando o nível estrutural. Foi condenado primeiro como blasfemo, por apresentar um Deus diferente daquele do status quo religioso: "Jesus desmascarou a hipocrisia religiosa, que consiste em considerar o mistério de Deus como álibi para não ouvir a exigência da justiça. Nesse sentido os poderes religiosos captaram corretamente que Jesus pregava um Deus oposto ao deles".
Como se depreende, sua atitude foi eminentemente libertadora e em função dela foi rechaçado. Em face das autoridades políticas morre sob a acusação de guerrilheiro. A pregação e suas atitudes colocam perto do projeto libertador zelote; sua espera de um advento do Reino, seu radicalismo, algumas de suas afirmações sobre a liberdade diante do poder imperial estabelecido, seu ascendente sobre o povo que deseja fazê-lo lider. Por outro lado, jesus se afasta de todo espírito zelote por renunciar ao messianismo político-religioso,  baseado no poder, incapaz de concretizar o Reino, que supõe uma libertação mais radical abarcando tudo, superando a quebra de fraternidade e postulando um novo homem. " 

Boff, Leonardo in, Jesus Cristo Libertador, pg 33  - Ed. Vozes; 20ª Edição. 

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