Diria que é
extremamente necessário exercitarmos a nossa tolerância, tanto no aspecto
religioso, quanto cultural. Normalmente vemos o mundo através da nossa
perspectiva que é limitada pela nossa cultura e sistema religioso em que somos
educados. Quando passo a julgar o outro simplesmente por ser diferente e
exercitar opções diferentes da minha, faço-o do meu ponto de vista, limitando
assim compreensão da realidade somente
pela minha ótica.
Não posso, não
devo e não é ético forçar qualquer pessoa a compartilhar do meu sistema
religioso, isto significaria “violenta-lo” como indivíduo. Posso, contudo exercer o diálogo e construir “pontes” de
entendimento e respeito mútuo.
A globalização
permitiu um maior contato entre civilizações, e conseqüentemente levou a
choques entre culturas diferentes, e diferentes não que dizer erradas, ou
inferiores. O grande problema é que sistemas religiosos fundamentalistas e
intransigentes encaram o diferente como errado, e passam a “demônizalos”. E
quando fecho a porta para o diálogo, deixo de conhecer o outro, de aprender com
o diferente, de fazer concessões e sem estes pontos o diálogo inter-religioso
não pode existir e desta forma o diferente sempre vai apresentar-se como algo a ser combatido.
Infelizmente o
que mais percebemos hoje são grandes sistemas religiosos intransigentes, que
apóiam atos violentos para exercer sua supremacia para apresentar-se como
representantes autorizados de Deus, a sua fé e os seus dogmas é que são a
verdade, se intitulam os portadores da voz e da mão de Deus. Cabe ressaltar que
os representantes destas religiões, que através da sua cosmovisão limitada,
limitam a grandeza de Deus proporcionando cada vez mais o afastamento entre as
culturas, alimentando o preconceito e a alienação entre os povos.
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