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sábado, 22 de dezembro de 2007

O Descaso com a Cultura II

Havia postado o texto abaixo em no meu blog antigo, em 07 de setembro de 2006, se não me engano havia ocorrido o roubo de mapas e livros raros no na biblioteca do Rio de Janeiro, mas a festa continua.... é incrível o descaso com a coisa pública, garanto que se estas obras estivessem nas mãos de colecionadores particulares a segurança seria bem reforçada, um patrimônio de milhões, aliás de bilhões de Reais, disponíveis para qualquer ladrão se apropriar.... até que pela facilidade está se roubando pouco...

Leia a matéria no site do estadão.

O saque do Masp



O Descaso com a Cultura.

É revoltante o estado de descaso com que nossos museus e centros de artes são tratados, não há segurança, e em muitas vezes sequer condições ideais para manutenção do patrimônio.
Como pode se admitir que pessoas saiam de um museu com obras sem serem notadas? (isso está virando uma rotina...).
Como é triste constatar que o nosso País não consegue manter o seu patrimônio cultural em segurança...., bem não consegue nem manter as pessoas em segurança...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Fragmentos - Um novo mundo possível???

Por incrível que pareça a solução para a miséria (falo aqui de miséria econômica) no mundo não é deixar os pobres mais ricos, mas sim os ricos mais pobres.... Parece loucura não? Mas não é. Não há como continuarmos gerando riquezas e desenvolvimento nos mesmos patamares para toda a população, o planeta não agüenta ser explorado com tanta ferocidade, então não adianta aumentarmos a produção a cada ano que passa, não estamos criando riqueza, estamos nos matando, lentamente.

Uma vez que por mais que a produção aumente, ela fica concentrada nas mãos de poucos, claro que podemos notar que há uma melhora na qualidade de vida, não generalizada é claro, mas o fato é que o resultado para a maioria da população é pequeno pelo preço que iremos pagar.

Logo, a teoria desenvolvimentista de crescimento exponencial a cada ano para sustentar a economia não vai funcionar por muito tempo...

Então se os mais pobres não podem melhorar de vida pelo aumento da capacidade de produção, cabe diminuir a riqueza dos 3% da população....

Calma pessoal... são apenas conversas ao vento...

Mas cabe perguntar, qual a solução para o beco em que estamos entrando? A “teologia” capitalista diz que não há outro mundo possível fora das suas teorias econômicas, e que este é o único caminho que podemos trilhar... o problema que no fim deste caminho há um precipício e não um vale florido.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Fórum Theologos

Em breve estaremos disponibilizando a estrutura de um fórum para debates, você gostaria de ver algum assunto ser debatido?? mande suas sugestões para :

roberto.r67@gmail.com

Outra novidade é que em breve estaremos disponibilizando pequenos estudos em vídeo. Aguardem.

Não deixe de ver....

Assisti na semana passada a palestra "Uma perspectiva feminina" da Teóloga Maria Lina Boff, sobre como a perspectiva feminina pode interferir na percepção das manifestações da tradição religiosa cristã e as possibilidades de transcendência através destas conexões.
Maria inicia falando como o A.T. se relaciona com o sagrado, com relação as pessoas, templo e ações, depois contrapõe com o N.T. que abandona a estrutura do sagrado, pelo menos com relação ao "formalismo" do A.T. Em continuidade a teóloga apresenta a a questão do sagrado e o profano afirmando que Jesus "dessacrelizou" o sagrado, e desta forma acabou confrontando os judeus.
Contextualizando a mensagem e a questão do sagrado, Maria passa pelos principais pensadores e correntes do pensamento, falando sobre o pensamento de Durkein e o sagrado na origem das sociedades, Rudolf Otto e o sagrado como numinoso, como valor e categoria, a priori do espírito do ser como indivíduo, por fim explora o pensamento de Jung e sua afirmação de que a divindade habita dentro do ser humano e o envolve. Todas estas questões foram exploradas pelo ponto de vista feminino o que enriquece em muito a questão espiritualista.

Hoje, na tv cultura será apresentado :

Transcendência e Ecoglobalização

O economista Marcos Arruda trabalha o conceito de transcendência ligado à idéia de utopia. Ele faz relações entre o divino, consciência e religiões ligando tudo com o atual modelo de globalização. Em seguida ele apresenta sua visão sobre os danos causados pela globalização e apresenta uma abordagem alternativa aos problemas que ela criou. Marcos Arruda é doutor pela Universidade Fluminense e educador do PACS (Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul).

Não perca ás à 00h10 vale a pena dormir um pouco mais tarde....


" A informação é nossa arma, e ela está disponível para quem a deseja, basta buscarmos."





sábado, 15 de dezembro de 2007

Por que comemoro o Natal.

Este é um texto antigo meu que eu acho interessante reler nesta época do ano, afinal as velhas "questões" volte e meia ressuscitam...


Hoje está se criando uma doutrina em algumas igrejas em que não se deve celebrar o Natal, porque era uma festa pagã, porque não se sabe exatamente em que dia e mês nasceu Jesus, e porque sei lá o que mais...

Para mim o Natal sempre teve apenas um significado, ( e isto desde a época que era católico...), o nascimento de Jesus. Após convertido, essa data passou a ter um significado maior, era da data em que comemorava-se o nascimento do meu Redentor, Aquele que morreu pelos meus pecados, é a data em que lembro que Deus, fez-se homem, o Todo-Poderoso criador dos céus e da terra, nasceu e habitou entre nós.

Vejamos inicialmente algumas definições da palavra Natal:

Natal : adj. – 1. onde ocorreu o nascimento. 2. relativo ao nascimento. 3. ( inicial maiúscula.) dia do nascimento de Cristo – natalino. Adjetivo


Dicionário Houaiss . Org. Antônio Houaiss – Ed. Objetiva. 2001 – 1ª Ed. Rio de Janeiro – RJ.


Natal : Adj. 1. Relativo ao nascimento. 2. Onde ocorreu o nascimento. 3. Dia do nascimento. 4. Dia em que se comemora o nascimento de Cristo (25 de dezembro).

Dicionário Aurélio – Ed. Nova Fronteira – 1998 – São Paulo – SP.


Hoje a data em que se comemora o nascimento de Jesus, deve servir para meditarmos na Palavra de Deus, de pensarmos se estamos sendo humildes e simples como o nosso Mestre, e para evangelizarmos.


Sabemos que o mundo de uma forma geral celebra o natal comercial, a oportunidade de aumentar as vendas, a oportunidade de ganhar alguma coisa, de bebedeiras e excesso de comidas...


Mas porque o mundo pensa assim devemos deixa-los a sua sorte? Devemos abandona-los? Retirar-nos cabisbaixos dizendo não temos nada a comemorar?


NÃO !!!! Temos muito o que comemorar, o Redentor do mundo nasceu...., Deus comemorou, a estrela de Belém, ficava anunciando este fato, e os reis magos, alegraram-se, prepararam-se e levaram presentes para o Salvador.


Muitos afirmam : “ O Natal não importa...” , pra mim estão dizendo “ O Nascimento não importa...”, sem nascimento não haveria a morte !!!


Se o nascimento ( o natalício ) não fosse importante não seria mencionado na Bíblia :


Mateus 2.1-2 “1.Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2. E perguntavam; Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adora-lo”


Lucas 2.8- 14 “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o se rebanho durante as vigílias da noite. 9. E um anjo do Senhor desceu onde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles e ficaram tomados de grande temor . 10 O anjo, porém lhes disse: Não temas: eis aqui vos trago boas novas de grande alegria, que o será para todo o povo. 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e ditada em manjedoura.

13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:


14 Glória a Deus nas maiores alturas,

e paz na terra ente os homens, a quem

ele quer bem. “


Pastores, Reis Magos, Anjos, todos estavam comemorando o nascimento de Jesus.


Quanto a data ( o dia, ou mês) vejamos o que diz Champlin:


“A primeira evidência histórica de que dispomos para a celebração do dia do nascimento de Cristo nos chega da época de Hipólito, bispo de Roma, na primeira metade do séc. III D. C A princípio, ele escolheu a data de 2 de janeiro como dia dessa celebração. Outros escolheram datas como 20 de maio, 18 ou 19 de abril, e 25 ou 28 de março. Antes disso , por algum tempo 6 de janeiro fora observado como a data do nascimento espiritual de Cristo, ou seja, como a data em que ele foi batizado por João Batista. (...)O mundo pagão celebrava a festa de Dionísio neste dia, uma celebração associada a duração maior dos dias. (...); entre os anos de 325 e 354 D. C a festa do Natal foi transferida para o dia 25 de dezembro.


Razões da Celebração a 25 de Dezembro.

Alguns supõe que foi o imperador Constantino quem estabeleceu o dia do Natal a 25 de dezembro, para substituir a festa pagã em hora ao sol. Nesse caso o Sol toma lugar do sol, o que se reveste de certa lógica, porquanto Ele é a Luz do mundo(...). Por conseguinte talvez tenha sido próprio para o império romano substituir uma festa pagã por uma celebração que tinha mais sentido para os cristãos do que a celebração das meras forças da natureza. (...)[1]


É como se o governo brasileiro substituísse o Carnaval ( a festa da carne ), por um desfile em reverência a Jesus ( uma festa do espírito.), e para lembrar que ao invés da festa carnal que o povo fazia antes, hoje fazemos uma festa à Deus, manteve-se a mesma data. Isso seria ruim? Você acharia isso mal e não participaria?


Amados, vamos celebrar ao nascimento de Jesus, o Redentor que nos libertou da Lei, não vamos procurar “novas leis”, não vamos deixar o “mundo” acabar com está celebração. Ao invés de ficarmos reclamando de que está data virou uma data do consumismo, vamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal : ”Glória a Deus nas maiores alturas,e paz na terra ente os homens, a quem ele quer bem”. Não vamos “fugir” e entregarmos está data definitivamente ao inimigo, para ele seria muito melhor que ninguém comemorasse o nascimento do Redentor, que todos esquecessem está data, e pior, que lhe devolvêssemos esta data.


A Paz de Cristo.


Roberto Rohregger

[1] Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vl 04 – R. N. Champlin, Phd. D. - Ed. Hagnos. 5ª Ed. – 2001 – São Paulo – SP

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Transposição do rio São Francisco.

Abaixo estou disponibilizando um link para o abaixo assinado solicitando a paralização das obras do Rio São Francisco, em apóio a greve de fome do Bispo Dom Luiz Cappio, segue também alguns comentários sobre a questão. Por favor analise com cuidado e tome uma atitude, seja pró ou contra, mas não fique impassível.


-- A obra de transposição está orçada em R$ 5 bilhões. Cornucópia na qual estão de olho as grandes empreiteiras e o agronegócio. Dom Cappio desconfia de que a transposição beneficiará, não os pobres da região, que vivem da pesca e do cultivo familiar, e sim o grande capital.
Quem já viu governo fazer obra de vulto para beneficiar pobre? Nem sequer o governo Lula investiu suficientemente no programa de construção de 1 milhão de cisternas de captação de água da chuva, que poria fim às agruras da seca no semi-árido. Apenas 25% das cisternas foram construídas, assim mesmo graças ao apoio da iniciativa privada. Cidades sem suficiente saneamento são beneficiadas por viadutos para o conforto de quem transita em carros...
Quem terá acesso à água transposta? A seca ou a cerca? Não faz sentido esse projeto numa região em que ainda predomina o latifúndio e cuja população, cerca de 12 milhões pessoas, não tem acesso à propriedade da terra. No projeto não são incluídas as 34 comunidades indígenas e os 153 quilombolas encontrados em sua área de alcance.
O próprio organismo que responde pelas bacias hidrográficas, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, está contra o projeto, que ignora as estruturas sociais arcaicas da região – o que significa, na prática, fortalecê-las.
O que dom Cappio reivindica é simples e democrático: que o governo debata o projeto com a sociedade, sobretudo com os ribeirinhos do São Francisco. A obra terá profundo impacto em toda a extensão territorial do país e, sobretudo, reflexos ambientais e sociais.
Dom Cappio tem fome de justiça, uma bem-aventurança, segundo Jesus no Sermão da Montanha. Seu Natal é o da manjedoura, lá onde a família de Maria e José, sem-teto e sem-terra, faz nascer a esperança de que a população da bacia do São Francisco não venha, em futuro próximo, ser conhecida também como sem-rio.

Frei Betto é escritor, autor de “A arte de semear estrelas” (Rocco), entre outros livros.

Veja a matéria :
-- "As vidas do rio e de dom Cappio são preciosas"


LINK PARA O BAIXO ASSINADO :

http://www.petitiononline.com/dcappio/petition.html

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007