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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Do arquivo - As crises e os profetas.

Quando olhamos a história de Israel vemos que este povo passou crises tão grandes ou maiores que as vivemos hoje. Em vários momentos da narrativa bíblica podemos constatar toda a sociedade israelita corrompida, desde os altos escalões da administração publica, a começar com o rei, até ao mais simples representante do povo, que ao ver os exemplos da classe dominante assimilava rapidamente os seus conceitos como forma de adaptação e sobrevivência. Mas sempre havia setores da sociedade que não aceitavam tão passivamente esta acomodação a valores antibíblicas que corrompiam a sociedade e afastavam cada vez mais dos planos de Divinos. E quando todos achavam que estavam protegidos pela muralha da indiferença, Deus levantava um profeta para confrontar a sociedade. Muito das exortações destes homens estão gravadas até hoje na Palavra como alerta para o povo. Estes homens imbuídos de uma visão clara e da mensagem de Deus não tinham receio de se levantar e colocar em risco a sua própria vida, sua mensagem era dura e direta.

Hoje vivemos tais crises, o afastamento gradativo e constante dos valores da sociedade dos valores éticos constantes na Palavra de Deus, e parece que todos estão caminhando sem que ninguém os alerte para a proximidade do precipício. Diferente dos tempos bíblicos hoje já não se levantam mais profetas, pelo menos não como os que vemos na Bíblia, grande parte da igreja hoje se acomodou dentro das suas estruturas e estabeleceu seus limites, os profetas do AT não tinham essa limitação alertavam a sociedade sobre todos os seus erros, sejam espirituais ou materiais, falavam da idolatria, falavam da exploração do pobre, falavam da falta de caráter dos seus lideres. Hoje nossas igrejas querem prosperar, querem ser medidas por padrões que imperam na sociedade, já não queremos confrontar os valores do “mundo”, queremos competir com o mundo, queremos nos comparar com o mundo, queremos ser medidos por seus valores, não importa se estão corretos ou não.

Esta igreja é uma igreja morta, vazia, não impera o “não se conformeis”, não é uma igreja profética, até o termo profético ficou desgastado e vazio, apenas palavras de ordem, determinando e exigindo de Deus, o que supostamente seria o direito de seus filhos, a fé foi reduzida à moeda de troca no grande mercado de bênçãos.

Necessitamos urgentemente de líderes com coragem suficiente para apontar os erros da sociedade e, principalmente entre o próprio povo de Deus. Lideres que não tenham receio de por sua cabeça a prêmio, sabendo que “se Deus é por nós, quem será contra nós?”, lideres que tenham a coragem de serem verdadeiros profetas da Palavra de Deus. Já é tempo de se levantar os verdadeiros profetas.

A nossa sociedade clama por mudanças e alternativas ao que se apresenta : violência e indiferença; a igreja foi, é e sempre será agente de mudanças, mas para isso necessitamos de líderes fiéis e comprometidos com o Reinado de Deus.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Leituras de Sábado

"(...)A afirmação de que Jesus é o Cristo é um ato de fé, e, consequentemente, de coragem ousada. Não é um salto arbitrário na escuridão, mas uma decisão em que estão mesclados elementos de participação imediata e, portando, de certeza, com elementos de estranheza e, portanto, de incerteza e duvida. Mas a dúvida não é o oposto da fé; é um elemento da fé. Por isso não existe fé sem risco."

Paul Tillich, Teologia Sistemática, pg 406



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