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domingo, 19 de março de 2017

Vida acadêmica...



Há cerca de 3 anos venho tentando dedicar-me a vida acadêmica de forma mais direta, e hoje isto inclui pesquisas e escrever artigos e também dar aulas, que já fazia a um bom tempo antes. Mas ao entrar no mundo acadêmico de cabeça não fazia ideia dos desafios e esforço que tem de se fazer para manter-se atualizado, de publicar com constância, de galgar publicações em revistas com qualis, de manter o curriculum Lattes atualizado participando de congressos e cursos etc, etc. Muitos conceitos que tinha mudaram, está sendo uma caminhada dura, principalmente em decorrência de ser neófito neste universo e já ter uma certa idade, desta forma o esforço tem de ser dobrado, tenho que apresentar um curriculum que compense esta desvantagem, sei que nestes 3 anos consegui engordar bastante ele, mas ainda falta muito... considero-me de certa maneira um empreendedor neste aspecto.É claro que neste tempo já pensei em desistir, que louco opta pela acadêmia depois dos 40 e no Brasil? Mas sempre tento tirar um pouco mais de energia e digo para mim mesmo... vamos mais uma caminhada, mais uma milha... e assim vou persistindo... O vídeo abaixo é interessante, uma coisa que desde cedo entendi no mundo acadêmico é que a persistência tem um papel vital, e que a recusa ou as correções que recebemos são importantes também e não significa que você não tem qualificação e que nem sempre é em decorrência do seu artigo não estar bom. O importante é receber a critica de forma positiva, deixar a frustração de lado, melhorar o que foi indicado e seguir em frente.


sábado, 18 de março de 2017

Levar vantagem em tudo.... certo?



Novamente, nosso problema é ético-cultural ..... Se não houver um movimento que promova valores na sociedade que transcendam o simples ganho monetário este quadro do qual estamos vivendo só tende a se agravar. É ético - cultural pela simples razão que a cultura brasileira tem uma característica herdada do colonialismo e perpetuada na sociedade de forma geral. O fato é que, ninguém, de forma geral, pensa na coletividade, nem os políticos que ganham e foram eleitos para isso. O que impera é a lei de Gerson, o que é valorizado é "ser esperto" , e, a ética não é compatível com esse tipo de cultura, ela não sobrevive a isto. A cultura de um povo não é imposta pela força, ela é cultivada através de sorrisos maliciosos, olhares de aprovação, sabe aquela cara do pai que, quando o filho conta uma sacanagem que ele fez, ele expressa um leve tom de aprovação mesmo que esteja dizendo que está errado... são estas as mensagens subjetivas que são captadas e perpetuadas... Não há indignação de fato, há apenas o papel social de se "mostrar indignado" mas afinal de contas o que é aprovado é a "esperteza" o "levar vantagem em tudo", está é a nossa cultura... quando o outro faz é errado, quando eu tenho oportunidade é esperteza... se não nos olharmos no espelho e entender que a nossa cultura está errada e principalmente entendermos que ao agirmos desta forma todos vamos sofrer nada vai mudar. A outra alternativa é assumirmos que somos assim e vivermos desta maneira, sem ingenuidade, procurando cada um levar vantagem em tudo ..... certo?

sexta-feira, 10 de março de 2017

Daqui pro Futuro - Vespas Mandarinas... Análise do disco.


Em um cenário da música pop sem grandes novidades, o disco do Vespas Mandarinas “Daqui pro Futuro” pela Deckdisc traz um certo frescor. Não que ele traga grandes novidades em forma de estilo, (para o grupo sim, uma vez que muda o estilo deles) mas ao contrário para mim ele faz uma boa releitura do pop dos anos 80, o que é algo muito bom.
Misturando baladinhas boas de ouvir e que quando vc menos percebe está balançando o corpo, com com letras mas profundas, como por exemplo a faixa Fingir que não dói cujo a letra é do Leoni, aliás é nesta música que senti a alma do Vespas Mandarinas que foi o que me fisgou no primeiro álbum que ouvi do grupo (Animal Nacional)
Discordo da crítica do Julio Maria do Estadão sobre o disco, sim concordo que eles suavizaram bastante o som, prefiro ver como uma experiência, um pouco fragmentada sim, mas quem disse que o artista tem que ter apenas um estilo?
De forma geral gostei do disco, bom de ouvir e foi isto que me chama a atenção, ele faz você parar o que está fazendo para ouvi-lo, coisa que está cada vez mais rara no cenário musical.
Vale a pena comprar o cd? Sim vale, será um cd histórico, não e penso que nem é este o objetivo, o que vc obtém com este cd é um bom disco pop com boa qualidade musical, letras boas e algumas chegando até a trazer aqueles pequenos toques na alma, provoca sensações e reflexão.
Fingir que não doi
Só pra Te dizer
Carranca -  Que tem o arranjo melhor que o do Vivendo do Ócio no álbum Selva Mundo, se fosse um vinho diria que há um retrogosto de Alceu Valença.
Fica comigo.
E Não sobrou ninguém, baseado no poema de Vladimir Mayakóvsky
De olhos bem fechados

Tiraria do Cd as duas últimas: Só se vive uma vez e Questão de Ordem.  (Doze faixas está mais que bom, e estas duas do meu ponto de vista são as mais fracas do cd.)

Para ouvir o cd no Spotify clique aqui