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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Biologia Sintética, potencialidades e riscos



 A biotecnologia através da engenharia genética utilizando-se das técnicas de DNA Recombinante e mais recentemente da Biologia Sintética apresentam não apenas ganhos mas também podem acarretar riscos significativos para os seres humanos. Além de contribuir para uma radical visão mecanicista dos processos de geração de vida, ainda não de todo compreendidos.
Novos questionamentos éticos nascem destas pesquisas, que apontam para a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre os aspectos envolvidos bem como os seus resultados e aplicações.
No link abaixo você poderá ler um pouco mais sobre a pesquisa que venho desenvolvendo nesta área. 

domingo, 22 de novembro de 2015

Viver a vida pela perspectiva da morte....


Este é um tema importantíssimo para o debate. Vivemos em uma sociedade (que aliás já foi prevista...) que valoriza extremamente a juventude, envelhecer parece que é desleixo da pessoa, daí tratamos os idosos com uma infantilidade surpreendente... fico pasmo ao ver como grupos de idosos são tratados em passeios turísticos. Não reconhecer o valor de cada fase da vida é parar em uma fase que não poderá mais ser vivida e não viver a qual está passando, ou seja é ser plenamente frustrado consigo mesmo. É claro que algumas vezes todos nos pensamos, há como seria bom ter 20 anos novamente... mas será que seria mesmo? Sentimos a falta do vigor da juventude para impulsionar o que a nossa experiência vivenciou... a juventude tem sua beleza, mas também tem seus problemas. Ao tratar a velhice como uma doença, não como algo que é natural da vida, e que nos levará à inexorável morte faz com que percamos, de fato, o sentido da vida.  Vivemos uma época de alienações proporcionada pela informação, este paradoxo se reproduz de forma prática na vida vivida, já não sabemos bem o que é a vida e o que é o viver.... vivemos e morremos da forma como outros dizem de devemos viver... e desta forma de fato não vivemos a nossa vida, que deve ser resultado de reflexão e decisão pessoal. O próximo passo para a medicação total da vida é a morte entrar na CID.
Ao contrário, eu penso que a vida só tem sentido se pensada pela perspectiva da morte....

http://www.cartacapital.com.br/revista/876/envelhecimento-e-doenca-3434.html?utm_content=buffer99ddf&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

sábado, 14 de novembro de 2015

E se Mariana fosse Marian? Ou porquê não pintei minha foto no face....




Ontem fiquei profundamente chocado com o relato das mortes e feridos, e levo minhas condolências ao povo francês. Mas também fiquei pensando em algo que já externei algumas vezes, seja na minha página do facebook ou no meu blog pessoal. 
A Europa e a América do Norte vem travando uma guerra desde 2001 ( ou provavelmente antes disso) contra o terrorismo. Bem não vou entrar em todos os aspectos envolvidos e nas raízes do que se passou a se chamar de terrorismo (conceito este muito amplo e flexível) e cabe aqui uma explicação que, do meu ponto de vista é totalmente desnecessária, mas, em tempos de politicamente correto, faz-se necessário: sou completamente contrário a ideologia do Estado Islâmico e seus atos de selvageria. Também entendo que o ISIS não representa o Islamismo, porém também reconheço que, apesar da boa vontade de muitos muçulmanos que, inclusive são partidários da paz e da convivência, o Islã tem um sério problema com relação a necessidade de formar Estados teocráticos, e que, se desejarmos realmente a paz no mundo devemos lutar por Estados laicos, (que não professem nenhuma religião e tampouco sejam ateus.) e desta forma, garantam a liberdade religiosa. 
Bem, feito todas estas ressalvas voltemos a questão principal. Como estava discorrendo, a Europa está envolvia em uma guerra, aliás uma não, quem pensa que a guerra fria acabou com a queda do muro de Berlim e a dissolução da URSS está enganado. E toda a guerra tem custos, materiais e, infelizmente, de vidas, ao Estado Frances, cabe a segurança do seu povo. Sem contar que, boa parte da confusão que o continente árabe vive hoje se deve a ação desastrosa dos EUA no Iraque, e agora mais recentemente na Síria. 
Até hoje o Iraque não conseguiu se reestruturar politicamente da invasão indevida pelos Americanos, o que transformou a região em uma balburdia intertribal. É fato notório que os EUA armaram os rebeldes sírios contra o governo de Bashar al-Assad e consequentemente acabou indiretamente armando o ISIS. E também sabe-se que a Rússia tem em Bashar al-Assad um aliado na região, então eis ai o quadro da guerra fria, que sempre tem a possibilidade de passar para uma guerra quente. Bom, e a França? A França está jogando o jogo, aliada dos EUA apoia suas investidas (para o bem e para o mal), ou acha que é apenas o espírito humanitário que movem as ações militares destes países?
Bem isto posto o que mais me incomoda é ver como a mídia e as pessoas em geral se posicionam em frente a duas tragédias o atentado a França e o desastre em Mariana, aliás o segundo só está tendo mais destaque agora por conta do ocorrido na França. E ao me perguntarem se não vou pintar a minha foto com as cores da França, digo não. E justifico, primeiro porquê entendo que isso não vai fazer nenhuma diferença, segundo porque não sou francês, terceiro porquê não mudei meu perfil nem pintei nada quando um drama terrível ocorreu no meu país com meus compatriotas. Novamente saliento meu pesar para com o povo francês, mas minha preocupação e minha atenção está voltada com aquilo que está mais próximo de mim, no meu país. 
Acho que o reflexo da quase indiferença com o que aconteceu em nosso país e com a nossa gente é a nossa visão de sermos um país menor, com uma gente menor, que talvez não sejamos tão valorosos quanto os civilizados povos europeus, visão está alias que está arraigada em nossa genética desde o descobrimento e colonização destas paragens. 
A Europa tem sim ótimos exemplos a serem seguidos, seu conceito de democracia e liberdade, mas também tem suas profundas falhas, e este conceito de tentar separar o que é civilizado (isto é o ocidente) do que é bárbaro (isto é o resto do mundo) é muito perigoso e superficial, afinal de contas a maior carnificina que a humanidade já presenciou foi causada por um dos países mais civilizados e cultos da década de 1930. 
Isto posto, digo sou Mariana, sou brasileiro, sinto a dor dos meus concidadães, fico indignado com o governo que não conseguiu dar segurança para o povo que o elegeu, com as multinacionais que exploram o solo sagrado desta nação e não satisfeitos ainda contaminam este mesmo solo por décadas…. Fico indignado como somos profundamente manipuláveis….

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A barragem em Minas e a responsabilidade



É preciso neste primeiro momento tentar minimizar (se for possível) todos os impactos desta tragédia, e em seguida apurar e punir de forma exemplar a empresa responsável. Uma ética da responsabilidade tem de ser sustentada por um arcabouço jurídico que de fato responsabilize duramente aqueles que agiram de forma imprudente e irresponsável. E não somente a empresa e seus acionistas devem ser responsabilizados mas também as autoridades que deveriam fiscalizar a manutenção e segurança da barragem. As verdadeiras vítimas desta irresponsabilidade estão soterradas ou com suas vidas irremediavelmente abaladas.