O meu pastor é Deus - Que em 2009 possamos lembrar a cada dia as palavras deste salmo maravilhoso
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"O Governo brasileiro acompanhou com apreensão a intensificação do lançamento de foguetes por milicianos do Hamas contra o sul de Israel e recebeu com grande preocupação a notícia do ataque aéreo israelense à faixa de Gaza na manhã deste sábado, que vitimou mais de 150 pessoas e causou ferimentos em outras 300.
A escalada da violência na região após o fim do cessar-fogo entre Israel e Hamas atinge especialmente a população civil e prejudica os esforços em favor de uma solução negociada e pacífica para o conflito israelo-palestino.
O Brasil deplora a reação desproporcional israelense, bem como o lançamento de foguetes contra o sul de Israel.
O Governo brasileiro conclama as partes a se absterem de novos atos de violência e estende sua solidariedade aos familiares das vítimas dos bombardeios desta manhã.
O Governo brasileiro reitera seu entendimento de que apenas a moderação e o diálogo construtivo poderão conferir ao processo de paz o impulso necessário para que avanços efetivos sejam alcançados, nos moldes do pactuado na Conferência de Annapolis."
Ver nota no site do Ministério das Relações Exteriores
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soluções.
Não oferecemos alternativas ou seguer sugestões para os grandes temas que afetam a humanidade, pouco falamos sobre a fome, exploração, descuido com a natureza, pobreza, política, etc,etc, etc...
Muitos irão alegar : "Mas o que podemos fazer ? somos apenas Igrejas...."
Eu diria, como ainda não fizemos nada sendo Igreja??
Não consigo ver a Igreja de Cristo, como uma entidade "parada", sem ação, olhando a sociedade trilhar seu caminho para a desgraça. Jesus sempre agia, seu exemplo é de ação, de ir ao encontro, de identificação com os problemas e com as pessoas. Assim também acontecia no AT,
quando os profetas, tomados de divina ira, levantavam-se com uma mensagem vinda do Senhor, geralmente uma acusação contra os poderosos e governantes que deveriam conduzir o povo com diligência e justiça, contra o povo que com suas atitudes afastavam-se do correto caminho.
Desta forma na Bíblia sempre vejo uma dualidade de preocupação, o espiritual e o material, nunca um em deprimento do outro, o judeu do AT não tinha esse dualismo de origem grega, que separa o físico do espiritual.
Hoje no entanto, elaboramos uma nova teologia, uma teologia do Deus para mim, criamos um Deus que existe somente para atender os meus desejos materiais, um deus do Hoje, o EU SOU, no sentido de infinito, de futuro, deixa de ser relevante, o mais importante agora é o DEUS É.
O que interessa agora é o Deus qeu eu faço mover com a minha fé, o Deus que dá um
jeitinho... o que importa é o Deus que apesar de eu não estudar "faz com que eu
passe na prova..."
Mas esse deus materialista pode ser facilmente esquecido, basta o progresso econômico atingir as pessoas, basta melhorar as condições de vida e assim teremos cada vez menos necessidade deste deus....
Mas apesar e talvez porcausa disto teremos cada vez mais sede de DEUS, mas talvez por não
termos feito nada e por não agirmos, por não nos importarmos, talvez acabe sendo
tarde de mais....
Hoje creio que a grande ênfase que as igrejas estão dando para os milagres e curas estão diminuindo a verdadeira mensagem do Evangelho. Não necessito mas de Cristo por causa da minha existência humana vazia, afastado de Deus.... Não necessito verdadeiramente de conversão por causa dos meus pecados.... Agora no evangelho pós-moderno necessito de Jesus por causa de seus milagres... Necessito de cura de alguma enfermidade, necessito de um emprego, necessito de mais dinheiro, e as "igrejas" estão vendendo este "Jesus" esse "Deus"... A pouco dias assiti um "culto" pela tv em que um dos "milagres" dados como testemunho é que "Deus" havia desaparecido com os registros da conta devedora do sujeito no banco, ou seja , esse Deus hacker, sumiu com a dívida do sujeito, esse Deus Robin Hood, que tira dos ricos para dar aos pobres...
Do meu ponto de vista esses "milagres" não mostram a grandeza de Deus, eles diminuem a Deus, criam um deus fantoche, um deus pequeno, não é um Deus pessoal, mas um Deus individual e indivudualista....
O pior é que as "igrejas" estão fatiando esse deus... ao ponto de voltarmos ao conceito de deus reginalista ( do mesmo conceito que tinha os hebreus da antiguidade, que IAHWEH somente operava em terras judaicas....) ao ponto de afirmarem que Deus operava ali naquele local, o "bispo" perguntou se determinada pessoa que já era evangélica de outra denominação tinha sido "abençoada" em outra igreja... como a afirmação foi negativa, veio a frase " tá vendo??? é porque aqui Deus age... aqui Deus opera...". ou seja, na outra não...
É por isso que estou, desde algum tempo, posicionando-me fortemente com relação a estas afirmações, e denominações que se dizem cristãs, não podemos colocar todas as igrejas dentro do mesmo saco... Não é somente citando o nome de Jesus que estas instituições se transformam em verdadeiras igrejas de Cristo.
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Quando olhamos a história de Israel vemos que este povo passou crises tão grandes ou maiores que as vivemos hoje. Em vários momentos da narrativa bíblica podemos constatar toda a sociedade israelita corrompida, desde os altos escalões da administração publica, a começar com o rei, até ao mais simples representante do povo, que ao ver os exemplos da classe dominante assimilava rapidamente os seus conceitos como forma de adaptação e sobrevivência. Mas sempre havia setores da sociedade que não aceitavam tão passivamente esta acomodação a valores antibíblicas que corrompiam a sociedade e afastavam cada vez mais dos planos de Divinos. E quando todos achavam que estavam protegidos pela muralha da indiferença, Deus levantava um profeta para confrontar a sociedade. Muito das exortações destes homens estão gravadas até hoje na Palavra como alerta para o povo. Estes homens imbuídos de uma visão clara e da mensagem de Deus não tinham receio de se levantar e colocar em risco a sua própria vida, sua mensagem era dura e direta.
Hoje vivemos tais crises, o afastamento gradativo e constante dos valores da sociedade dos valores éticos constantes na Palavra de Deus, e parece que todos estão caminhando sem que ninguém os alerte para a proximidade do precipício. Diferente dos tempos bíblicos hoje já não se levantam mais profetas, pelo menos não como os que vemos na Bíblia, grande parte da igreja hoje se acomodou dentro das suas estruturas e estabeleceu seus limites, os profetas do AT não tinham essa limitação alertavam a sociedade sobre todos os seus erros, sejam espirituais ou materiais, falavam da idolatria, falavam da exploração do pobre, falavam da falta de caráter dos seus lideres. Hoje nossas igrejas querem prosperar, querem ser medidas por padrões que imperam na sociedade, já não queremos confrontar os valores do “mundo”, queremos competir com o mundo, queremos nos comparar com o mundo, queremos ser medidos por seus valores, não importa se estão corretos ou não.
Esta igreja é uma igreja morta, vazia, não impera o “não se conformeis”, não é uma igreja profética, até o termo profético ficou desgastado e vazio, apenas palavras de ordem, determinando e exigindo de Deus, o que supostamente seria o direito de seus filhos, a fé foi reduzida à moeda de troca no grande mercado de bênçãos.
Necessitamos urgentemente de líderes com coragem suficiente para apontar os erros da sociedade e, principalmente entre o próprio povo de Deus. Lideres que não tenham receio de por sua cabeça a prêmio, sabendo que “se Deus é por nós, quem será contra nós?”, lideres que tenham a coragem de serem verdadeiros profetas da Palavra de Deus. Já é tempo de se levantar os verdadeiros profetas.
A nossa sociedade clama por mudanças e alternativas ao que se apresenta : violência e indiferença; a igreja foi, é e sempre será agente de mudanças, mas para isso necessitamos de líderes fiéis e comprometidos com o Reinado de Deus.
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Série |
Os crentes eram discriminados e perseguidos. Os crentes eram convertidos e conheciam o Plano de Salvação e... os crentes conheciam a Bíblia. Aliás, depois dos epítetos de "novas-seitas" e "bodes" eles eram conhecidos como "os Bíblias". "Fulano é um Bíblia...". Isso porque assim que alguém se convertia, a primeira coisa que fazia era comprar uma Bíblia. O Brasil era um país de uma imensa maioria de analfabetos, e raríssimos católico romanos possuíam uma Bíblia (que eram caras). As edições protestantes, que começaram a chegar regularmente ao Brasil há exatos duzentos anos, com a vinda da Família Real, era a da tradução de João Ferreira de Almeida, e de capa preta. Como ninguém tinha automóvel, lá iam heróicos e orgulhosos, os homens de paletó e as mulheres bem vestidas, com sua reluzente Bíblia de capa preta debaixo do braço, sob os olhares e os murmúrios de censura dos que os viam passar. Gente que não sabia ler levava a Bíblia, assim mesmo, como símbolo, e procuravam aprender a ler, para poder ler a Bíblia. Os novos convertidos eram submetidos, imediatamente, a um curso intensivo sobre as Sagradas Escrituras, aprendendo a distinguir Antigo de Novo Testamento, capítulo de versículo, e livro histórico de livro poético, além de memorizar versículos considerados importantes para o evangelismo e para a santidade. Nos cultos de estudos bíblicos, havia uma espécie de "gincana", para ver quem achava determinado versículo primeiro. As edições protestantes da Bíblia eram queimadas em praça pública por beatos enfurecidos, estimulados por sacerdotes radicais. Tais Bíblias eram consideradas "falsas", e muita gente se converteu por comprá-las por mera curiosidade. Houve casos de que os chamados "colportores" (vendedores itinerantes de Bíblias) que se adentravam no interior do país montados em mulas, deixavam uma Bíblia em um povoado, vila ou cidade, e, regressando um ou dois anos depois, encontravam uma Igreja funcionando, sem qualquer vínculo com organizações, fruto da mera leitura do texto sagrado. Quando se cantava "Minha Bíblia, meu prazer, meu tesouro quero ter" ou "Enquanto ó Salvador teu Livro eu ler, meus olhos vem abrir, pois quero ver", os crentes davam certo... Texto de Robson Cavalcanti - Bispo Anglicano Em http://www.dar.org.br/files/news/news_item.asp?NewsID=4544 |
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A Revolta surge,
Intensifica,
Aflora,
Explode
Recolhe
Encolhe
Maltrata
Quando acolhe,
No peito geme
No punho cerra,
No esforço revive
No final, vinga
E some
Fica a sombra
Do pouco que sobra
Revive
Sem sentido
Incógnita
Acaba
Matt Lincoln disse ter decidido recorrer à Justiça depois que a seguradora da igreja se recusou a pagá-lo
Matt
Lincoln disse ter decidido recorrer à Justiça depois que a seguradora
da igreja se recusou a arcar com suas despesas médicas.
O
homem, de 57 anos, passou por duas cirurgias desde o acidente de junho
de 2007, mas diz que ainda sente dores das costas e nas pernas. Ele
disse que rezava para pedira Deus uma "experiência real". Ele afirma
que já havia sido "derrubado pelo espírito" antes, mas que sempre havia
alguém por perto para segurá-lo.
Advogados da igreja
dizem que testemunhas viram-no rindo no chão depois de cair, e que
Lincoln deveria ter cuidado da própria segurança.
Agência Estado -
37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e que apedrejas os que foram enviados a ela, quantas vezes quis (eu) reunir os filhos teus, assim como (uma) ave (= galinha) reúne os filhotes ( = os pintinhos) dela sob as asas, e não quisestes.
O início do texto demonstra claramente a posição de Jerusalém com aqueles que tentam abrir seus olhos, o tratamento que é dado para os que falam em nome do Senhor, e é uma posição que se repete pelo tempo, notamos isto no termo apostellw (apostello)[1], “foram enviados” a análise deste termo não deixa dúvidas da forma como ele foi utilizado, uma vez que a tradução para o significado básico é: ordenar (alguém) para ir a um lugar estabelecido, e a palavra está no tempo perfeito[2] do grego, na voz passiva[3], assim sendo fica claro que Jesus estava se referindo, a todos aqueles, incluindo Ele, que foram enviados da parte de Deus com uma mensagem de arrependimento e exortação para Jerusalém e que foram recebidos de forma agressiva e suas mensagens não foram aceitas.
Nota-se pelo que já observamos que há uma clara contraposição e uma confrontação de desejos, por um lado Jesus demonstra o desejo de Deus no decorrer da história de agregar e proteger o povo Judeu, a palavra posakiv (posakis) que significa vezes (ou quantas vezes)[4], pode ser entendido também como quão freqüente, e neste ponto entendemos que Jesus está falando na perspectiva de Deus, uma vez que toda a frase está dentro de um contexto histórico, não é coerente pegarmos apenas está parte do texto e afirmar que Jesus estava falando da sua vontade enquanto homem na terra. Outra palavra que reforça o entendimento é a afirmação de que Deus “quis”, (no texto grego yelw thelo ou eyelw ethelo : querer, ter em mente, pretender; 1a) estar resolvido ou determinado, propor-se; 1b) desejar, ter vontade de; 1c) gostar) e isto é obvio em toda a Bíblia, que o povo estivesse junto a Ele, sob sua proteção, mas isso acarretaria a observação aos mandamentos divinos.
Na seqüência, fica claro a resistência do povo, “(...) e vós não quisestes”, a palavra utilizada aqui para “querer” é a mesma usada anteriormente “yelw thelo ou eyelw ethelo” e está palavra está no tempo aoristo[5], na voz ativa[6] no modo indicativo[7], ou seja há uma ação executada , que corresponderia ao modo indicativo do pretérito perfeito no português, da mesma forma do “eu quis”, diferindo apenas, este estar na primeira pessoa.
Muito claro aqui então o conflito de interesses, “eu quis” versus “vós não quisestes”
38 Eis é deixada a vós a casa vossa deserta.
39 Digo pois a vós, de modo nenhum me vereis desde agora até que digas: Bendito o que vem em (o) nome de (o ) Senhor.[8]
A partir deste versículo temos a conseqüência de uma ação humana, que, pelo vimos que, Deus tentou impedir, o futuro do povo hebreu estava aberto, tantas vezes quis Deus que a decisão do povo fosse outra, mas chega-se a um ponto em que as alternativas para o povo ficam escassas, e Deus aponta a conseqüência dos seus atos . E novamente existe aqui uma condicionante que pode mudar o destino que se apresenta, “até que digas (...)”, parece claro que o futuro neste momento depende de uma ação do indivíduo, ou mais precisamente da ação de um povo.
[1] STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil, 2002. – Constante na Bíblia On-line (Módulo Avançado.)
[2] O Perfeito grego corresponde ao Perfeito na língua portuguesa, e descreve uma ação que é vista como tendo sido completada no passado, uma vez por todas, não necessitando ser repetida. – idem - STRONG
[3] A Voz Passiva representa o sujeito com sendo o que recebe a ação. Por exemplo, na sentença "O rapaz foi batido pela bola," o rapaz recebeu a ação. – idem - STRONG
[4] STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil, 2002. – Constante na Bíblia On-line (Módulo Avançado.)
[5] O Aoristo é caracterizado por sua ênfase na ação puntiforme; isto é, o conceito do verbo não leva em consideração o tempo passado, presente, ou futuro. Não existe um equivalente claro ou direto para este tempo em Português, embora seja geralmente traduzido como um passado simples na maioria das traduções.Os fatos descritos pelo aoristo são classificados num certo número de categorias pelos gramáticos. A mais comum destas descreve a ação como tendo iniciado de um certo ponto ("aoristo incoativo"), ou tendo terminado num certo ponto ("aoristo cumulativo"), ou meramente existindo num certo ponto ("aoristo punctilinear"). A categorização de outros casos pode ser achada em gramáticas gregas. STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil, 2002. – Constante na Bíblia Online (Módulo Avançado.)
[6] Voz Ativa representa o sujeito como o agente ou executor da ação. Por exemplo, na sentença "O rapaz chutou a bola", o rapaz executa a ação. Strong (Ibidem)
[7] O Modo Indicativo é uma simples afirmação de fato. Se uma ação realmente ocorre ou ocorreu ou ocorrerá, será expressa no modo indicativo.Strong (Ibidem)
[8] Tradução direta constante em Novo Testamento Interlinear Grego – Português – SBB, 1ª edição – 2004 – pg. 98
Jornal britânico diz que casamento pode aprofundar impasse entre liberais e tradicionalistas dentro da religião
A cerimônia, celebrada no mês passado pelo pároco do templo, Martin Dudley, pode aprofundar a brecha entre liberais e tradicionalistas dentro da Igreja Anglicana em torno da ordenação de homossexuais e dos casais do mesmo sexo. Antes, o casal formado pelos reverendos Peter Cowell e David Lord tinha registrado sua união civil.
Segundo o jornal, a cerimônia rompeu as diretrizes da Igreja da Anglicana e foi realizada em desafio ao bispo de Londres, Richard Chartres. Embora alguns clérigos liberais tenham realizado cerimônias de bênção para casais homossexuais antes, esta é a primeira vez que um vigário realiza uma cerimônia de casamento, utilizando a liturgia tradicional, com leituras, hinos e eucaristia, o que gerou críticas.
O arcebispo de Uganda, Henry Orombi, disse que a cerimônia foi "blasfema" e pediu ao primaz dessa confissão, Rowan Williams, que tome medidas para que a Igreja Anglicana não se desintegre. A notícia do casamento vazou dias antes da conferência anglicana que será realizada em Canterbury, sede do primaz da Igreja Anglicana, na qual será difícil evitar um tema como o do homossexualismo, que divide bispos.
Deus não quer que depositemos diante Dele nossas certezas fundamentalistas, quer nossas dúvidas e incertezas.
Deus não quer quantidade, quer o melhor que podemos oferecer.
Deus não quer que provemos nada para Ele, afinal Ele nos conhece ...
Deus quer que vivamos, e ao mesmo tempo é impossivel viver longe de Deus.
Muitas vezes penso que o cristianismo como é elaborado hoje oferece mais dificuldades do que soluções.
Não oferecemos alternativas ou seguer sugestões para os grandes temas que afetam a humanidade, pouco falamos sobre a fome, exploração, descuido com a natureza, pobreza, política, etc,etc, etc...
Muitos irão alegar : "Mas o que podemos fazer ? somos apenas Igrejas...."
Eu diria, como ainda não fizemos nada sendo Igreja??
Não consigo ver a Igreja de Cristo, como uma entidade "parada", sem ação, olhando a sociedade trilhar seu caminho para a desgraça. Jesus sempre agia, seu exemplo é de ação, de ir ao encontro, de identificação com os problemas e com as pessoas. Assim também acontecia no AT, quando os profetas, tomados de divina ira, levantavam-se com uma mensagem vinda do Senhor, geralmente uma acusação contra os poderosos e governantes que deveriam conduzir o povo com diligência e justiça, contra o povo que com suas atitudes afastavam-se do correto caminho. Desta forma na Bíblia sempre vejo uma dualidade de preocupação, o espiritual e o material, nunca um em deprimento do outro, o judeu do AT não tinha esse dualismo de origem grega, que separa o físico do espiritual.
Hoje no entanto, elaboramos uma nova teologia, uma teologia do Deus para mim, criamos um Deus que existe somente para atender os meus desejos materiais, um deus do Hoje, o EU SOU, no sentido de infinito, de futuro, deixa de ser relevante, o mais importante agora é o DEUS É.
O que interessa agora é o Deus qeu eu faço mover com a minha fé, o Deus que dá um jeitinho... o que importa é o Deus que apesar de eu não estudar "faz com que eu passe na prova..."
Mas esse deus materialista pode ser facilmente esquecido, basta o progresso econômico atingir as pessoas, basta melhorar as condições de vida e assim teremos cada vez menos necessidade deste deus....
Mas apesar e talvez porcausa disto teremos cada vez mais sede de DEUS, mas talvez por não termos feito nada e por não agirmos, por não nos importarmos, talvez acabe sendo tarde de mais....
Ao falarmos sobre Deus devemos que ter em mente inicialmente, que toda a racionalização que fazemos pode no máximo, apresentar-nos um vislumbre superficial dos seus atributos e manifestações, uma vez que sua grandiosidade ultrapassa qualquer entendimento humano.
Em face disto é que dependemos da sua revelação, mas mesmo assim, ainda não temos uma visão completa, e um entendimento total do ser de Deus.
Mas ainda que saibamos que pelo intelecto humano, nunca teremos mais que uma vaga sombra de Sua figura, mesmo assim, somos impelidos a pensar em nosso Criador, nossa alma se acalenta ao meditarmos em Deus.
É tendo isso em mente, de que nunca poderemos ter uma palavra final sobre o Ser de Deus, mas apenas um “continuum” aprofundamento deste entendimento, é que iniciamos nossa jornada para tentarmos compreender melhor um dos atributos de Deus: a Onisciência, principalmente em um aspecto mais específico deste atributo: a pré-ciência, e como podemos correlacionar com o conceito de futuro bem como as suas implicações para a responsabilidade do homem na construção deste mesmo futuro.
Como a cosmovisão da onisciência de Deus influencia na forma como encaro a minha responsabilidade como agente na sociedade e no mundo? Qual a minha responsabilidade com a construção do futuro de acordo com o que Deus quer? Tudo o que acontece está de acordo com a vontade de Deus?
As respostas a estas questões passam diretamente pela resposta da primeira delas: qual o conceito de onisciência, no que tange a pré-ciência? Dependendo da resposta a esta questão todas as outras assumem um direcionamento e todo um cabedal teológico pode ser formado com base na posição assumida.
Inicialmente cabe salientar, que sempre que encontramos novos questionamentos e novas possibilidades para o conhecimento de Deus a ortodoxia se mostra pouco à vontade, como que se qualquer nova possibilidade de um conhecimento do Ser de Deus que difira do fundamentalismo teológico fosse uma heresia, e a partir deste pressuposto fecha-se, e não admite sequer a discussão da teoria.
Entendo que este procedimento não é, nunca foi, e nunca será, benéfico para o rico debate teológico. A teologia necessita de renovação do pensar, a física do século XV, não é a mesma do século XXI, e nem por isso as leis da natureza foram violadas, mas sim melhores compreendidas pela evolução dos mecanismos de interpretação da ciência. Da mesma forma a evolução no entendimento da revelação de Deus contida na Bíblia, não invalida a Bíblia. O próprio Jesus apresentou conceitos e revelações da Palavra de Deus que feriam todo o entendimento que os mestres da Lei tinham na época. A Bíblia sempre vai ser a mesma.
Quem tem ouvidos que ouça... Quem tiver inteligência que entenda...
A ênfase este ano é Cuidando do Reino de Deus. Mas para cuidarmos de algo devemos conhecer e saber do que se trata.
O Reino de Deus é um conceito metafísico, com reflexões no mundo material em que vivemos, mas principalmente o Reino de Deus deve inicialmente nascer no coração de cada um.
Isto significa dizer que para cuidarmos devemos estar profundamente envolvidos e transformados pelos seus pricípios.
Na elaboração deste sermão nasceu a idéia de iniciar uma série de estudos que abordará as características indicadas por Jesus com relação ao Reino de Deus e como devemos nos portar como cidadãos deste reino.
E este é o primeiro, e como esta idéia nasceu repentinamente ele não está seguindo uma ordem, cronológica assim como Jesus explanou, talvez os próximos sigam uma cronologia.
Bem então como estamos tentando aprender mais para agirmos de forma melhor como cristãos vamos começar com um tema muito importante, e bastante difícil, que é o perdão.
Para tanto vamos ver o que Jesus nos ensina a respeito disto.
Abramos nossas Bíblias no Livro de Mateus 18.21-35
Este capítulo faz parte do relato de Mateus, e é o quarto grande bloco de discursos que aparece neste Evangelho, e desde o início do capítulo 18 Mateus relata as instruções que Jesus estava dando ao povo, mais precisamente ao povo da nova aliança. Estes versículos são muito preciosos e fundamentais para nos compreendermos verdadeiramente o que é ser Cristão.
Vamos entender um pouco mais profundamente o que Jesus quer nos dizer com essa parábola.
(Mateus 18:21) - Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
(Mateus 18:22) - Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
Comentários : Jesus estava neste grupo de discurso respondendo a um questão levantada pelos discípulos no início do capítulos onde eles questionavam Jesus sobre quem é o mais importante no Reino dos Céus, é bem provável que eles ainda estivessem entendendo a questão do reino como um reino terreno, que faria com que Israel dominasse os demais reinos sob um governo teocrárico. E Jesus então tenta aprofundar o entendimento sobre o que é o reino e suas implicações na vida de cada um.
Chega então um momento em que Pedro interrompe Jesus, talvez aturdido com tanta informação e conceitos tão diferentes de tudo que já ouviram, e pergunta, já fazendo uma afirmação sobre a questão do perdão.
O numero sete tem um significado muito particular para o Judeu, e desta forma Pedro achava que já seria uma quantidade muito grande em que devemos perdoar, mas Jesus amplia este conceito e coloca de forma que esta informação é multiplicada por setenta, ou seja está dizendo que o perdoar deve ser constante na vida do cristão, ou seja sempre devemos perdoar, não há um limite.
(Mateus 18:23) - Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
Comentários : Aqui Jesus começa a contar a parábola do empregado mau, e faz uma referência direta com o reino dos céus, ou seja é uma comparação.
(Mateus 18:24) - E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
Comentário : É chegada a hora de prestar contas, e foi apresentado um que devia dez mil talentos.
O valor desta dívida é um absurdo para um trabalhador, hoje seria equivalente a algo em torno de 275 mil anos de trabalho, (5 milhões de dólares, ou algo em torno de R$ 8.700.000,00,) (170t de ouro) se para nós hoje isso é uma quantia fabulosa, mesmo trabalhando toda a minha vida não conseguira juntar todo esse dinheiro, imagine na época de Jesus, um trabalhador jamais conseguiria juntar todo esse dinheiro era algo impossível de se pagar.
(Mateus 18:25) - E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Comentário : Este era o procedimento comum que se dava a devedores que não tinham como pagar suas dívidas, mesmo assim sendo vendido tudo o que possuía em conjunto com toda a sua família essa divida fabulosa não seria quitada, porém o empregado e toda a sua família teriam que trabalhar para outros como escravos.
(Mateus 18:26) - Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
(Mateus 18:27) - Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Comentário : O empregado entrou em desespero, percebeu no grande problema que havia se metido e pede clemência para seu Rei.
E então o rei o perdoa, não aumenta apenas o prazo para pagamento, pois sabia que ele nunca poderia pagar, mas graciosamente o perdoa, perdoa uma divida imensa, gratuitamente por compaixão.
(Mateus 18:28) - Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
Comentário: Curiosamente este agraciado encontra um colega seu que deve-lhe cem dinheiros, que refere-se a moeda romana a quantia fica em torno de oito dólares (30g de ouro) hoje, é notável a diferença de valores entre a divida de um e de outro, a divida do primeiro era enorme impagável, a do segundo um divida para com o outro que comparativamente não significava muito.
(Mateus 18:29) - Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Comentário: O seu conservo pede então compaixão, promete que pagará.
(Mateus 18:30) - Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Comentário: Mas não houve compaixão, não houve perdão, não houve graça, e ele não perdoa, quer cobrar aquilo que acha ser merecedor.
(Mateus 18:31) - Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
(Mateus 18:32) - Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
(Mateus 18:33) - Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
Comentário: Aquele por quem foi usada de compaixão, de perdão não teve capacidade de perdoar.
(Mateus 18:34) - E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
(Mateus 18:35) - Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Devemos primeiramente entender que o Reino de Deus tem valores essencialmente diferentes dos que caracterizam as instituições terrenas e as organizações seculares.
O padrão de ética do Cristão deve ser normalmente maior do que é o normal na sociedade em geral, o cristão não deve se nivelar pela média, mas sim por valores superiores que a média.
Tasker em seu comentário sobre o livro de Mateus afirma:
“A comunidade messiânica é primeiramente e acima de tudo a comunidade dos remidos. Deve a sua existência ao perdão tornado possível pela morte do Messias. (...) Impõe-se, pois a cada membro o supremo dever de do qual em de estar sempre cônsio sem jamais cansar-se, de perdoar o mal pessoal que acaso lhe façam. Uma vez abandonada a disposição para perdoar, perde-se a raison d’être, a razão de ser da comunidade cristã. A sociedade dos perdoados fica sem sentido, se os que são perdoados não perdoam.(...)” [1]
Observando o texto verificamos que temos em termos literários quatro personagens : O rei, o sevo devedor, o companheiro de trabalho do devedor, os outros empregados ou a multidão.
Comparativamente podemos entender que O Rei é Deus, o servo devedor somos nos pecadores, o companheiro de trabalho é todo aquele que também nos fez alguma coisa e que necessita de perdão, os outros, são aqueles que testemunham nossas atitudes.
Ora partindo do pressuposto que quando aceitamos o sacrifico de Jesus somos perdoados por Deus de todas as nossas transgressões, ou seja somos perdoados de uma dívida que não teríamos condições nenhuma de pagar,e que seriamos chamados ao seu tribunal como grandes pecadores e devedores, mas fomos graciosamente perdoados, fomos feitos livres e melhor de devedores agora somos filhos, fomos perdoados de uma dívida impagável.
Como deverá ser então o nosso comportamento com aqueles que nos são devedores? Como deverá ser o nosso procedimento com aqueles a quem devemos perdoar?
Aquele servo não usou de compaixão, tampouco penso que entendeu a grande misericórdia que o Rei usou para com ele, mas mesmo assim ele não foi capaz de perdoar, algo muito mais insignificante.
Se compararmos o perdão de Deus em nossas vidas, há algo que não possamos perdoar?
É claro que é um processo muito difícil, o perdoarmos alguém que nos traiu, que talvez mentiu, que nós enganou, ou tantas outras dificuldades que passamos, mas como cristãos a nossa meta deve ser perdoar, e perdoar e perdoar e perdoar sempre. Toda pessoa que demonstra estar sensivelmente arrependida, deve ser perdoada.
Lamento dizer mas não há justificativa para não perdoar. Isso não significa dizer não ser necessário o cumprimento justiça da lei. Mas para nós em nosso coração deve sempre haver espaço para o perdão, este perdão deve ser exercido como forma de agradecimento pela graça da salvação, pelo perdão que recebemos sem merecer.
“O perdão é o sinal de uma fé verdadeira.”
[1] Tasker, R.V.G., Mateus Introdução e Comentário, pg 138, Ed. Vida Nova.