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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Liberdade de pensamento.



A garantia da autonomia intelectual é peça fundamental em qualquer democracia. Existem várias formas de cercear a livre manifestação de idéias, todas elas devem ser repudiadas, inclusive as que estão introjetadas em nós formadas por anos de doutrinação político-social. 

Questionar, perguntar e reformular suas idéias é o que nos faz crescer como pessoas.

Bioética política....


Estou iniciando a leitura do livro Bioética Clinica e Pluralismo, da editora São Camilo e Loyola, e na página 20 (Bioética entre globalização, universalismo e diversidade cultural, - Francisco Javier Correia) há uma citação do bioeticista  Prof. Van Rensselaer Potter : "para um futuro a longo prazo teremos que inventar e desenvolver uma bioética política... a bioética mundial deve evoluir para uma bioética social em escala mundial politicamente ativa."

Esta é uma afirmação que concordo plenamente. O debate da bioética deve ter a participação de toda a sociedade, mas muitas vezes os temas são do interesse de grupos econômicos com grande poder para impor seus pontos de vista, que não são necessariamente  o melhor para a população em geral. Tampouco avaliam os impactos de novas técnicas ou tecnologias a médio e longo prazo. 

Para conduzir estes diálogos faz-se necessário que os vários segmentos da sociedade se esforcem para preparar bioticistas altamente capacitados, uma vez que as questões envolvidas são muitas vezes profundamente complexas e, saber conduzi-las em seus dilemas éticos é um trabalho árduo. 

Conseguir traduzir e demonstrar os impactos de determinadas ações na área das ciências biológicas, da medicina e da tecnologia é função do bioticista, porém a regulamentação para o seu uso  ou até a proibição se for o caso, tem de ocorrer na esfera  governamental de forma  isentas. 

Para que isso ocorra devemos ter uma população minimamente esclarecida e politicamente ativa.