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domingo, 8 de setembro de 2013

Evolução e Transhumanismo

Penso que a evolução homem + engenharia genética + tecnologia seja algo inevitável... quem é contra próteses artificiais para pernas? Ninguém, mitas pessoas que nascem com deficiências ou em decorrência de acidentes usam prótese que auxiliam no seu dia a dia uma maior independência, e quanto melhores e mais sofisticadas forem estas próteses melhor. Mas se criarmos próteses que apresentem um significativo avanço (ou melhoria) em relação a nossas próprias pernas, compostas de muculos, veias ossos... isto é, se inventarmos pernas tecnológicas que nos permitam nos movimentar melhor, que maximizem nossa experiência de andar ou correr.. que nos causem menos cansaço e nos permitam a saltarmos com leveza... Maximizando nossa capacidade inclusive de divertirmos em jogos? Sabendo que não necessitaríamos mais ir em médicos caso tivéssemos algum problema em nossas pernas, mas que elas poderiam ser simplesmente substituídas... será que sinceramente nos recusaríamos a amputarmos nossas pernas biológicas e substituí-las por próteses? Isso nos faria menos humanos ? Com certeza não, não seriamos menos humanos, seriamos humanos melhores ! E talvez este seja o problema.
E isso vale para qualquer grande avanço que podemos ter, seja na engenharia de medicamentos ou em bioengenharia ou na tecnologia. Quem não gostaria de ter suas capacidades mentais melhoradas? Quem não gostaria de tornar a ficção científica uma realidade e implantar um chip que facilitasse sua memorização? Que você pudesse fazer o upload para a sua “memória” de todo um dicionário de inglês capacitando a se comunicar nesta outra língua? O ser humano sempre usou a tecnologia a seu favor para de uma forma consciente ou inconsciente ter uma vantagem competitiva com relação à outras espécies e dentro da sua mesma espécie, mas atualmente esta vantagem pode representar um risco.
E como isso vai acontecer? Como vai ser a primeira cirurgia para implantação de próteses em uma pessoa com seus membros sãos? Isso pode ou deve ser impedido? Podemos impedir o desejo do indivíduo de mudar seu próprio corpo?
Ampliando este conceito para outras “melhorias físicas e mentais” do ser humano, qual deve ser o parâmetro? Deve haver uma agência reguladora? O governo deve impedir assim como fez com as pesquisas com relação a clonagem?

Esta é apenas uma pequena reflexão com relação aos impactos do desenvolvimento técnico científico que estaremos por passar, claro que estas reflexões devem ser melhor debatidas e aprofundadas...