Quando me deparei com um link cujo o título era Bioética marxista? Sim, na UnB isso existe! fiquei muito muito interessado, como pesquisador em bioética gosto de avaliar todas as suas possibilidades e formas de abordagem a problemas, mas como estava sem tempo apenas postei o link no meu facebook para ler a reportagem posteriormente.
Qual foi a minha decepção ao ler o "artigo" do colunista Rodrigo Constantino da Veja.... a tal coluna se intitula "Análise de um liberal sem medo de polêmica", bom polêmica foi feita, porém análise nenhuma.
Toda a crítica superficial e sem fundamento, se baseou no título da conferência na UnB que era: "Pensando Bioética a partir de Karl Max", uma conferência seguida de um debate que ao todo estava programada para três horas. Bom pessoalmente não tenho condições de falar sobre o que se explanou na conferência e tampouco qual foi o resultado do debate, pois não estava presente, coisa que o colunista também não comentou, e creio que também não estava presente na tal conferência, e este é o fato que me deixou indignado.
Toda a crítica do texto, aliás em que metade do espaço é tomado pela foto do cartaz da conferência (veja a reportagem AQUI, ) não versa sobre o que foi falado ou discutindo na tal conferência, não há nenhuma citação sobre que tipo de conceitos ou avaliações da bioética a partir de Karl Max foi feita. Como se citou Karl Max o Sr, Rodrigo simplesmente saiu atacando a UnB, a palestra e até questionando o conferencista de forma ríspida.
Ora, esperava ver uma discussão de idéias com argumentações e críticas bem fundamentadas, que gerasse um debate, inclusive com direito de resposta por parte do palestrante, o que seria muito saudável, inclusive para o crescimento da bioética, mas infelizmente isto não ocorreu, o que figurou foi apenas um ataque sem sentido ao título de uma palestra.... simplesmente ridículo.
Pior ainda os comentários dos leitores na sua esmagadora maioria apoiando o colunista e também destilando seu veneno sem base de discussão nenhuma. Quero em primeiro lugar deixar claro que não sou Marxista, porém creio que a democracia se faz com o livre embate de idéias, bem fundamentadas e discutidas, não impostas ou preconceituosamente julgadas.
Fica aqui a minha crítica a uma crítica que não tem sustentação nenhuma a não ser o do pré-conceito.
É triste perceber que a superficialidade de idéias e debates é a regra em nossas terras, pior é que esta superficialidade está trazendo uma nova idade das trevas, apesar da abundância de informação. A grande maioria das pessoas funcionam como replicadoras (papagaios) que repetem conceitos e idéias sem uma simples avaliação.
Eis o mundo em que vivemos.
Pacem et Libertatem - LS - VW