Artigos

Artigos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Para pensar....O novo contrato social (econômico)



O contrato social esta migrando dos seus fundamentos éticos/morais/religiosos para um conceito regulamentare basicamente econômico? Assim sendo os indivíduos testando, em uma sociedade basicamente líquida,  seus limites (normalmente adaptáveis...) e novas interpretações ? 


Aquilo que o mercado aprova, ou que é neutro, poderia ser experimentado pelo indivíduo e posteriormente pela sociedade como um todo? 

A ética e a moral ainda conseguiria se impor ante a perspectiva do lucro? Ou melhor apesar do lucro? Ou seria este a ultima medida ao qual o homem interpreta o mundo? 

The Many Faces of the Good Samaritan—Most Wrong

Interessante texto publicado na Biblical Archaelogy Review, não traz muitas novidades de interpretação ou exegese mas aprofunda o entendimento da parábola do bom samaritano. Reproduzo abaixo:
Site: http://members.bib-arch.org/publication.asp?PubID=BSBA&Volume=38&Issue=1&ArticleID=13


Biblical Views: The Many Faces of the Good Samaritan—Most Wrong

This column is about some appropriate lessons to be drawn from the parable, as well as some that are far-fetched, to say the least. For children, the parable can illustrate universal morals: We should help people who are hurt. It has also been used to warn kids: “Don’t walk by yourself on dangerous roads.” I once heard a sermon go that route.The Parable of the Good Samaritan is a favorite of both children and adults. The story is told in Luke 10:29–37: A man going from Jerusalem to Jericho is attacked by robbers who strip him and beat him. A priest and a Levite pass by without helping him. But a Samaritan stops and cares for him, taking him to an inn where the Samaritan pays for his care (see article).
For adults, the meaning is more profound. It is consistent with the Biblical mandate to love one’s neighbor as oneself, and it follows up on that mandate to insist that the love be manifest in action. It has also been used to instruct: Not only must we love our enemies, but also we should provide free medical services to foreign nationals. I heard a sermon go that route as well.
As interpretations about dangerous highways and universal healthcare indicate, the parable means different things in different times and places and for different audiences. Appropriation of the text for new contexts is inevitable.
Hearing the parable as Jesus’ original audience heard it should also be part of the repository of meaning. But again, we find several contemporary interpretations that might surprise Jesus’ audience. Here are four common anachronisms heard today:
First is the view that the robbers would have been regarded as freedom-fighters, dispossessed peasants forced into debt by Roman and Temple taxation and kept there by pressures from urbanization programs. The robbers are therefore sympathetic “social bandits,” Robin Hoods intzitzit. Nonsense!
The Greek term that Luke uses is lestes, which means “robber,” not “freedom fighter,” as the violence of the perpetrators in the parable suggests. This same word appears in Jesus’ condemnation of the Temple: “You have made it a den of robbers [lestes]” (Matthew 21:13Mark 11:17Luke 19:46). Paul uses it to describe the dangers he faced from “bandits” (2 Corinthians 11:26). Paul is not talking about the Merry Men.
Another foolish suggestion is that the victim—the Greek calls him “some guy” (anthropos tis)—deserved his fate. A few scholars propose that the victim is a tradesman who, because he consorts with all sorts of folks, is ritually unclean and therefore unsympathetic. Such conclusions not only stretch the text well beyond its words and its contexts, they also import a negative view of Torah and Jewish society unwarranted by any historical understanding. An injured man prompts sympathy, not schadenfreude.
A third interpretation sometimes heard is the related claim that the priest and the Levite avoid the victim because, should he be dead, or die while they attended him, they would become ritually unclean. Therefore, in avoiding the injured man, they are actually following Torah. Again, nonsense. Yes, priests are to avoid corpses (see Leviticus 21:1–3), save for those of immediate family members, but this law does not apply to Levites. Were the priest concerned about the purity required by his Temple duties, he might have hesitated; but this priest is not going up to Jerusalem, he is going down (katabaino) from it. Moreover, in Jewish law saving a life trumps all other laws. The Mishnah (Nazir7.1), the earliest compilation of rabbinic law, insists that even a high priest should attend a neglected corpse.
In the parable, the priest and Levite signal not a concern for ritual purity; rather, in good storytelling fashion, these first two figures anticipate the third: the hero. Jews in the first century (and today) typically are either priests or Levites or Israelites. Thus the expected third figure, the hero, would be an Israelite. The parable shocks us when the third figure is not an Israelite, but a Samaritan.
But numerous interpreters, missing the full import of the shock, describe the Samaritan as the outcast. This approach, while prompting compelling sermons, is the fourth anachronism. Samaritans were not outcasts at the time of Jesus; they were enemies.
In the chapter before the parable (Luke 9:51–56) Luke depicts Samaritans as refusing Jesus hospitality; the apostles James and John suggest retaliation: “Lord, do you want us to command fire to come down from heaven and consume them?” (Luke 9:54). John 4:9 states, “Jews do not share things in common with Samaritans.” The Jewish historian Josephus reports that during the governorship of Cumanus, Samaritans killed “a great many” Galilean pilgrims traveling to Jerusalem (Antiquities 20.118–136). The first-century Jewish person hearing this parable might well think: There is no such thing as a “good Samaritan.” But unless that acknowledgment is made, and help from the Samaritan is accepted, the person in the ditch will die.
The parable offers another vision, a vision of life rather than death. It evokes 2 Chronicles 28, which recounts how the prophet Oded convinced the Samaritans to aid their Judean captives. It insists that enemies can prove to be neighbors, that compassion has no boundaries, and that judging people on the basis of their religion or ethnicity will leave us dying in a ditch.



sábado, 14 de janeiro de 2012

Renovando Declaração de missão Pessoal.

Simples, objetiva mas é algo pelo que tenho tentado conduzir minha vida. Esta declaração é de 2001, já tem  10 anos.... Estou renovando-a por no mínimo mais 10.


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Protestantismo e Brasilidade

Reproduzo abaixo o texto do Bispo Robinson Cavalcanti, reflexão profunda e que é objeto de minhas elucubrações teológicas também. Fico triste em observar quão poucos formados em teologia tem a preocupação de se envolverem na formação de um pensamento teológico tupiniquim relevante, e como a teologia é mal tratada dentro de sua própria casa, isto é, a igreja. Tampouco exploramos a cosmovisão cristão através de crítica social tal como as artes (pinturas, música, literatura e porque não grafismo), onde estão os artistas cristãos? onde estão os estudiosos cristãos? onde estão os formadores de opinião cristãos? 
E aqui quero deixar claro que quando refiro-me a artistas não é somente os de música gospel para um público gospel, mas musica com cosmovisão cristão para um mundo não cristão, e quando falo de cristãos não é... bem vocês sabem. 
Deixo-os agora com Dom Robinson, texto extraído de www.dar.org.br , página da Igreja Anglicana. 



Protestantismo e Brasilidade – Dilema Não Resolvido

Em sua infância, no interior empobrecido da África, o teólogo evangélico Tite Tienou foi à escola primária, onde teria a sua primeira lição de História. Seu país era, então, uma colônia francesa, os livros adotados vinham todos da França, e eram os adotados pelos estudantes da metrópole. Nada de referência à história da África ou do país, mas, a primeira lição começava assim: “Os nossos ancestrais, os gauleses”. Ou seja, a conexão cultural e ideológica do colonizado não era com as suas raízes, mas com o dominador: africanos descendentes de gauleses... Os impérios não dominam principalmente pelo uso da força (“hard power”), mas pela hegemonia, pela capacidade de fazer o dominado pensar a partir da ótica do dominador, e achar que está pensando os seus pensamentos (“soft power”), ou seja, se domina pela cultura. Com o pecado original, não apenas pessoas, etnias e classes oprimem outras (“relações assimétricas”), mas nações e Estados controlam outras: Império.

No tempo de Jesus, os saduceus eram assimilados colaboracionistas do Império Romano; os fariseus seus opositores pela “via pacífica”; os zelotes pela “via armada”, enquanto os herodianos se locupletam de uma monarquia títere corrupta, e os essênios se alienavam misticamente em suas comunidades monásticas.

Uma coisa, como dado objetivo, é a presença de estrangeiros, com o Protestantismo de Imigração no Brasil, debatendo, em alemão, temas irrelevantes como “Luteranidade e Germanidade”, bem como a presença idealista e sacrificial dos pioneiros do Protestantismo de Missão, com a exportação para nós das suas culturas (“o evangelho em roupagem anglo-saxã”, segundo Samuel Escobar), não dolosa ou maldosa em sua motivação, mas fruto de condicionamentos de uma“missão civilizatória” bem intencionada.

Outra coisa é quase dois séculos depois, e após vários episódios de busca sincera e competente de elaboração de uma aculturação/inculturação/pensamento e via nacional, sofremos uma enxurrada de textos e palestrantes (a maioria jogando na terceira e quarta divisões no “campeonato teológico” dos seus países de origem) explorando um mercado consumidor promissor, fazendo a cabeça, e tornando uma realidade, também no campo religioso, o que ironicamente se denominou no campo secular da América Latina, de “complexo de vira-lata”.

Não somente se adota, de maneira acrítica, escolas de pensamentos e métodos infalíveis importados, mas se carece de um selo de qualidade, uma espécie de“ISO 2012” religioso para se legitimar ou se valorizar qualquer coisa por aqui. Até o recente e questionável título de “apóstolo” somente é reconhecido quando se porta um certificado de uma entidade credenciadora com sede nos Estados Unidos.

Gilberto Freyre, o sociólogo-antropólogo, ex-batista, costuma afirmar: “Os protestantes nos deram bons gramáticos, mas não produziram literatos”. Os protestantes brasileiros, agravados pelo fundamentalismo e pela escatologia pré-milenista, pré-tribulacionista, estão todos dedicados à economia (agricultura, indústria e serviço), ao aparelho burocrático civil e militar, ou  à área da saúde e da tecnologia, mas  quase completamente ausente dos espaços construtores da cultura nacional: folclore, artes, literatura, filosofia, pensamento social.

A latinidade ibero-católica é rejeitada como “idólatra” e os traços culturais afro-ameríndios são jogados todos na lata comum da “feitiçaria”. Uma excepcional e peculiar experiência é a representada pelas igrejas macumbo-protestantes (ditas“neopentecostais”) em seu sincretismo, enquanto traços negativos (“mundanos”) da cultura brasileira (que se deveria “salgar” pela participação) como o campo político clientelista, corporativista são adotados, com orações pela propinas e dízimos das mesmas.

Em 14 anos como Bispo, lecionei apenas uma vez, em um dos nossos Seminários, a disciplina Teologia Latinoamericana, que, creio, nunca mais foi oferecida, como também tenho a forte impressão, é uma universal ausente nas“casas de profetas” das diversas denominações pátrias.

Em um congresso nacional de estudantes universitários evangélicos (ABU) quem dirigia a oficina sobre a literatura brasileira era um casal de missionários ingleses: ela especialista em Érico Veríssimo e Jorge Amado; e ele em Euclydes da Cunha. Na plateia, a quase totalidade dos nossos estudantes jamais havia lido um romance ou um livro de poesias de um autor nacional...

A essa altura do campeonato, fica a pergunta: somos uma religião de“estrangeiros”, ou somos uma religião “estrangeira”, sem participação, sem pontes e sem influência com a cultura nacional?

Os crentes – artistas, literatos ou pensadores – que teimam em remar contra a maré, não terão audiência, nem editoras, nem respeitabilidade/credibilidade. Se, dependendo, da denominação, não forem “queimados” ou “disciplinados”.

Como o meu velho amigo Tite Tienou, entre os arbustos da “África Francesa”, aprendendo que era descendente de gauleses, nossos seminaristas, pastores e líderes, talvez possam iniciar o primeiro capítulo dos nossos livros de História recitando: “Nossos ancestrais, os Pais Peregrinos, quando chegaram no Mayflower...”.

Enquanto isso, meio quixotescamente, tenho tentado promover um Anglicanismo com face humana e morena, quando seria mais fácil sermos legitimados se apenas copiássemos as matrizes forâneas conservadoras. Talvez começando por“desordenar” as mulheres e os divorciados, ou, quem sabe, eleger como meu sucessor um estrangeiro, como é tão usual na América do Sul?...

Paripueira (AL), 08 de janeiro de 2012,
Anno Domini.

+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Unidade na Diversidade....


A busca da unidade da Igreja sempre foi uma preocupação dos que estão imbuídos na causa cristã, mas como alcançar essa unidade?  Instituindo uma autoridade máxima em assuntos eclesiásticos? Isso pode até gerar unidade mas não garante a fidelidade á palavra de Deus.
Hoje ainda vivemos a busca de uma unidade da igreja, não somente na forma de pensar, mas uma unidade na forma de agir. Não é raro encontrarmos 2, 3 ou até quatro igrejas evangélicas de denominações diferentes quase que vizinhas. Mas geralmente, uma praticamente não tem conhecimento da outra. A placa denominacional transforma-se em uma barreira quase que intransponível. 

 Unidade da Igreja Católica de Cipriano de Cartago, uma avaliação contemporânea; Rohregger, Roberto. Artigo não publicado.