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É claro que Ratzinger não tinha o carisma do seu antecessor, mas era um teólogo como poucos e ao contrário do que muitos afirmam tinha pleno conhecimento dos rumos que a modernidade está tomando, e o fato de que ele estava confrontando estes rumos que a sociedade está tomando não significa estar desconectado da modernidade, muito pelo contrário.
Ratzinger tinha sim pleno conhecimento da perniciosidade que os rumos que atuais podem levar o ser humano em sua desconstrução mais essencial.
Mas como a estratégia dos orientadores da sociedade não pensante é acusar todos que não concordam com seus conceitos de retrógrados, entre outros adjetivos, o atual Papa, levava esta marca, e claro não agradava àqueles que desejam uma igreja menos teológica e mais política.
Não concordo em absoluto com todas as opiniões e atitudes que o Papa Bento XVI tomou durante a liderança da Igreja Católica, mas embasado em leituras de alguns de seus escritos e declarações, devo admitir que sua saída será uma perda no confrontamento ás idéias pós-modernas, e ledo engano aos evangélicos que pensam que "não temos nada com isso!", ouso dizer que os ideais cristãos saem perdendo em alguma medida.
Digo que perde a teologia também, uma vez que possivelmente o perfil do novo Papa deverá ser de um homem mais jovem e com mais "carisma", ou seja um Papa mais "pop" e como diz a música : " o Papa é pop e o pop não poupa ninguém, e não vai poupar a teologia.
Podemos esterar, talvez, a baixa das armas da Igreja contra o modernismo, e uma abertura maior da igreja aos desejos da sociedade? E se você acha que isto é completamente bom, acho que está enganado.
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