Todo casal aspira legitimamente a constituição de sua
família com filhos. Poucos são os que em comum acordo optam por não ter filhos.
Para o cristão isso fica ainda mais evidente, há até o incentivo para que
casais cristãos tenham filhos.
Quando por problemas biológicos casais após algum tempo não
conseguem engravidar, se de fato constatado a impossibilidade da gestação, uma
das primeiras opções que passam pela mente destes casais e a utilização do
método de inseminação artificial, porém nem todos avaliam as consequências
deste método, principalmente para aqueles que professam a fé crista.
O principal problema para o cristão que pensa em recorrer a
inseminação artificial está na questão
do conceito do inicio da vida, e como deve-se tratar os óvulos fecundados
durante o processo de inseminação.
Se concordamos que o inicio da vida, na concepção crista, se
dá quando da junção do espermatozóide com o óvulo, e a partir dai já temos um
ser humano, não em potencial mas de fato, por isso inclusive sermos contra o
aborto em qualquer fase do desenvolvimento do feto, temos que compreender
também que todos os óvulos inseminados para posterior implantação na mulher já
são seres humanos e que devem ser tratados com dignidade de tal. Em
consequência deste entendimento nos deparamos com questão de que nem todos os
óvulos inseminados são implantados na futura mãe, mesmo os que são implantados
não são todos que vingam. Após o sucesso da fertilização, ficam no laboratório
os óvulos fertilizados que não foram utilizados, e então surge a questão em que
a Bioética deve se posicionar, e se for uma Bioética pelo prisma cristão ainda
com mais veemência, o que fazer com os óvulos fertilizados, que estão
congelados? Normalmente os mesmos ficam a disposição dos pais para uma futura
utilização (implantação) claro que este armazenamento em hidrogênio liquido tem
um preço a ser pago pelos que desejam manter só óvulos neste estado.
Atualmente a legislação diz que após três anos mantidos
congelados os óvulos sem interesse por parte dos doadores envolvidos os mesmos
podem ser descartados e utilizados para experimentos, são visados
principalmente por geneticistas de olho em células tronco.
Bem o problema então e que pessoalmente não vejo diferença
entre o descarte de embriões não utilizados e o aborto. Se entendermos que e
errado para um, temos que entender que é errado para o outro e se entendemos
ser correto para um, em consequência
deve ser correto para o outro, dai que se descartar embriões congelados é
correto, a utilização da pílula do dia seguinte e do aborto também deve ser
encarada por nos cristãos como corretos aos olhos de Deus também.
Pr. Roberto Rohregger
Um comentário:
Muito bom o texto, traz uma questão muito difícil e delicada de se lidar!
Indico um documentário sobre aborto e o nazismo:
http://voltemosaoevangelho.com/blog/180filme/
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