É
claro que não podemos deter o controle da vida, ela não está
absolutamente de forma total em nossas mãos. Somos reféns da
biologia, acaso, das imposições sociais e da psique, mas é, ainda
assim, nosso dever tentar manter o maior controle possível.
Mas
não confunda isto com o simples acumulo de poder, não isto não
significa, absolutamente, que tenhamos o controle da vida, ao
contrário, muitas vezes o excesso e acúmulo de poder acarretam na
perda do controle e do desejo de viver.
Concordo
com Nietzsche que a doutrina do eterno retorno é um bom parâmetro
para avaliarmos a forma pela qual desejamos viver, mas que também
não é garantia que seja, da maneira como avaliamos nossa vida
hoje, parâmetro para sempre. Como entidades biológicas estamos
sujeitos à mudanças físicas que podem e normalmente acarretam em
mudanças psicológicas. O que faz com que percebamos que estamos
sempre em processo de mudança, aceitar isso é um bom começo.
Desta
forma a vida tem de ser observada a partir do platô em que nos
encontramos, o momento mais importante é o momento atual, é o
presente, uma vez que o passado não se mostra confiável, justamente
pelo engano que nosso cérebro pode nos conduzir, i.e., apresentar
percepções e lembranças que não são de fato às vivenciadas na
época. E o futuro , bom este também apenas se apresenta como
expectativa e esperança, que como tal sempre será esperança.
Então
para se tentar viver uma vida satisfatória há de se investir por
viver momentos presentes satisfatórios. A minha tentativa de
construir um futuro a partir das minhas experiências presentes pode
ser tentado mas não é garantia de que será de fato como pensamos
hoje, ou que de fato satisfará este eu futuro.
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