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sábado, 6 de agosto de 2016

Reflexões sobre a vida....

É claro que não podemos deter o controle da vida, ela não está absolutamente de forma total em nossas mãos. Somos reféns da biologia, acaso, das imposições sociais e da psique, mas é, ainda assim, nosso dever tentar manter o maior controle possível.
Mas não confunda isto com o simples acumulo de poder, não isto não significa, absolutamente, que tenhamos o controle da vida, ao contrário, muitas vezes o excesso e acúmulo de poder acarretam na perda do controle e do desejo de viver.
Concordo com Nietzsche que a doutrina do eterno retorno é um bom parâmetro para avaliarmos a forma pela qual desejamos viver, mas que também não é garantia que seja, da maneira como avaliamos nossa vida hoje, parâmetro para sempre. Como entidades biológicas estamos sujeitos à mudanças físicas que podem e normalmente acarretam em mudanças psicológicas. O que faz com que percebamos que estamos sempre em processo de mudança, aceitar isso é um bom começo.
Desta forma a vida tem de ser observada a partir do platô em que nos encontramos, o momento mais importante é o momento atual, é o presente, uma vez que o passado não se mostra confiável, justamente pelo engano que nosso cérebro pode nos conduzir, i.e., apresentar percepções e lembranças que não são de fato às vivenciadas na época. E o futuro , bom este também apenas se apresenta como expectativa e esperança, que como tal sempre será esperança.
Então para se tentar viver uma vida satisfatória há de se investir por viver momentos presentes satisfatórios. A minha tentativa de construir um futuro a partir das minhas experiências presentes pode ser tentado mas não é garantia de que será de fato como pensamos hoje, ou que de fato satisfará este eu futuro.
A primeira exigência é: Encontre-se consigo mesmo e aceitar a transitoriedade da vida.


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