sábado, 2 de outubro de 2021
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
domingo, 15 de agosto de 2021
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
domingo, 8 de agosto de 2021
Valorize sua Jornada
Aprendi, infelizmente, depois de muito tempo que, você tem que se valorizar, olhar o seu histórico de vida, entender quais são suas qualidades e quanto isto custou em termos de esforço e de dinheiro. Sim, isto é precioso, caso contrário você não saberá se posicionar nas mais diversas situações da vida. Resolvi fazer um breve levantamento da minha história de estudos e trabalho. Já foram mais de 25 anos de formação acadêmica contínua, entre cursos superiores (Teologia, Filosofia, Hi
stória), Especializações (Psicoteologia e Bioética, Teologia do Novo Testamento, Formação Docente para EAD) Mestrado (Bioética) Cursos Técnicos na área de Administração, programação, gerenciamento de projetos, cursos de extensão etc. Isto em 35 anos de experiência profissional na área administrativa (Levantamento e elaboração de custo de produtos, Financeira/contabilidade) – na área de seguros e bancária – em gerenciamento de projetos e como professor no ensino superior e na área pastoral. A minha formação teve um custo de tempo (25 anos em estudos) e financeiro, em torno de R$ 70.000,00 não contando a capitalização, de mensalidades, além do investimento em livros técnicos na área de Teologia, Bioética e Filosofia que por cima chega em torno de R$ 107.000.00. Sempre me preparei mais do que era exigido, e sempre achava que estava devendo em capacitação. Hoje consigo entender melhor quem eu sou profissionalmente, sei onde estou posicionado e melhor sei do meu valor e do investimento em tempo, saúde e financeiro para isto.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
domingo, 25 de julho de 2021
sexta-feira, 16 de julho de 2021
segunda-feira, 12 de julho de 2021
terça-feira, 6 de julho de 2021
domingo, 4 de julho de 2021
segunda-feira, 28 de junho de 2021
domingo, 20 de junho de 2021
sábado, 8 de maio de 2021
quarta-feira, 7 de abril de 2021
Aporofobia e Hiperconsumismo, faces da mesma moeda.
Os termos usados no título deste artigo talvez possam parecer estranhos, e de fato são, principalmente pela sua falta de uso. Não tanto a palavra hiperconsumismo, que na sua conjunção de termos nos dá uma dica sobre o que pretende nomear. Porém a primeira palavra, aporofobia, ainda nos é pouco conhecido, trata-se de um termo novo, recém-criado, que se fazia necessário pois, se queremos identifica algo, precisamos nomear esse algo. É a partir deste conceito que a filósofa espanhola Adela Cortina desenvolveu o termo aporofobia, formado pela junção dos termos gregos, Á-poros: pobre e fobéo: aversão) isto é, a palavra tem o objetivo de identificação tanto um sentimento, quanto uma ação, ou seja a aversão ao pobre. A filósofa detalha a necessidade da criação do termo em seu livro “Aporofobia, a aversão ao pobre, um desafio para a democracia”, em virtude de um fenómeno cada vez mais observado em nossa sociedade, a descriminação e repulsa ao pobre, ao desprovido de recursos materiais. Fenômeno este cada vez mais saliente em vários países do mundo e que não é diferente, pelo que podemos constatar, aqui no Brasil.
Já o termo hiperconsumismo, é
bem desenvolvido pelo filósofo francês Gilles Lipovetsky em que apresenta a ideia de que a nossa sociedade está
extremamente centrada no consumo como sentido para o ser. Na sociedade
contemporânea o sentido do ser, está vinculada ao ter, ao consumir e ao
produzir, isto é, é necessário ser produtivo e consumir para apresentar-se como
relevante, como indivíduo, cidadão. Inclusive devemos ser produtivos em
consumir, em ter novas experiências e emoções, tudo de forma rápida e
superficial, pois há outros bens a consumir e novas experiências por se
experimentar. Tudo isto passa a imagem que o indivíduo é o único responsável
pelo seu êxito, mas também acaba deixando-o desamparado, frustrado e ansioso,
enquanto suas redes sociais mostram seus conhecidos com vidas aparentemente
mais satisfatórias, aliás, não há mundo mais feliz do que aquele representado
em nossas redes sociais.
Após
compreendermos estes dois termos é que podemos constatar que são dois lados da
mesma moeda. Moeda esta que representa um dos problemas de nossa sociedade
contemporânea, que se retroalimentam, uma profunda alienação do sentido da vida.
Como se opta por ignorar uma estrutura social absurdamente injusta, o pobre é
visto como o único responsável pela sua pobreza, aquele que não teve capacidade
ou não desejou contribuir para sua evolução material, incapaz desta forma de
inserir-se na sociedade de consumo. Assim o termo aporofobia representa esta
crescente discriminação e por vezes com um discurso de ódio contra o
desfavorecido, que já não é compreendido como um problema da sociedade, mas sim
um problema para a sociedade, e que agora se apresenta inclusive como um
inimigo do Estado que tem como objeto não reduzir as desigualdades sociais, mas
desaparecer como o pobre, pelo menos da vista dos demais. É assim que políticas
públicas que visão a inclusão social são substituídas por implantação de pedras
embaixo de viadutos para impedir que sem tetos possam passar a noite, com o
mínimo de abrigo, que mendigos que dormem perto de comércios são molhados
durante a noite para afugentá-los. O Estado ao e agir de forma desumana,
legitima a aporofobia e tende a diminuir a solidariedade e aprofundar a visão
discriminatória do pobre na sociedade. Estes conceitos com relação ao pobre e o
valor “inquestionável” do consumismo tendem a representarem uma visão de mundo
alicerçadas por um conceito de meritocracia impossível de existir em uma
sociedade com abismos sociais tão profundos.
Ao conseguirmos nomear este fenômeno é dado o primeiro passo para entender o problema e buscarmos uma solução. Solução está que passa indubitavelmente por políticas públicas de longo prazo para a população de rua e de diminuição da pobreza, mas também de educação social, de aprimoramento ético e solidário da sociedade, sem a qual corremos o risco de repetir alguns horrores de um passado não muito distante.
Roberto Rohregger, Filósofo, Bioeticista, Teólogo.
terça-feira, 30 de março de 2021
A NATUREZA HUMANA DA TÉCNICA
José Ortega y Gasset, filosofo espanhol é um dos primeiros pensadores a elaborar uma reflexão sobre a criação e o desenvolvimento da técnica pelo ser humano, colocando-a como fator essencial para a evolução humana. Ortega começa discorrendo sobre a falta de clareza na definição de sociedade Por parte dos autores de sociologia, e começa a fazer uma comparação entre a forma de viver dos animais e do ser humano apresentando o que é grande diferença que há é a qualidade humana de introspecção ou de mundo interior, intitulado por Ortega como “ensimesmar-se”, argumentando que os animais de forma geral vivem para o mundo exterior e desta forma vivem para o outro nunca para si próprio pois dependem exclusivamente desse mundo exterior.
sábado, 27 de março de 2021
sexta-feira, 26 de março de 2021
Sentido da Vida - Reflexões primeiras.
Algum tempo havia sintetizado algumas
reflexões na seguinte frase:
“Melhor não ser, do que ser, porém depois que
se é, melhor é ser do que não ser.”
Porém a questão ainda me incomodava justamente
pela pulsão de vida que acompanha o ser, faltava entender melhor a razão de ser
e o sentido para a vida. Buscava uma resposta imanente e não transcendente ou
religiosa, uma que respondesse filosoficamente a questão. Bem para isso
precisava limitar a resposta ao fenômeno concreto, sem especulação
transcendental, assim é necessário aceitar o dado posto, há vida, isto é
evidente, um fato. Aqui entra então o objetivo da vida, porém perguntar pelo
objetivo da vida já parece ser algo transcendental, que exigiria uma resposta
religiosa, porém podemos simplificar e apenas ficar nos fatos concretos, e
sendo assim a resposta é simples, o objetivo da vida é a manutenção da própria
vida. Todo o organismo é estruturado para a manutenção da vida e reprodução, isto
é, manutenção e perpetuação da vida. O princípio básico da vida satisfaz a
todos os animais, que buscam, usando o preceito do utilitarismo, fugir da dor e
buscar o prazer. Em linhas gerais a manutenção da vida é a função de todo
aparelho biológico, satisfeito de modo primário na busca da alimentação, procriando
e fugindo de predadores. Menos para a espécie humana. Os seres humanos desenvolveram
um cérebro mais sofisticado que possibilitou a consciência e o desenvolvimento
da inteligência, e, desta forma as características para a satisfação da vida se
ampliou. O ser humano então passa a ter uma narrativa, é um ser histórico e
desta forma busca dar sentido a sua história, precisa encontrar um significado
que lhe satisfaça. Apesar das necessidades básicas, alimentar-se, procriar e
proteger-se, para o ser humano a satisfação destas não é mais suficiente,
apesar de ainda serem as básicas.
A partir destas ideias podemos refletir a consequente
teoria da dignidade humana que pode ser descrita na garantia do desenvolvimento
pleno das condições humanas para que este atinja o seu potencial desejado, como
sentido de realização de vida. Isto posto o direito da realização pessoal, é o
sentido de dignidade humana, dignidade da vida humana. No ser humano o sentido da vida vai além da
manutenção biológica para atingir a compreensão de sentido de história pessoal,
por isso também a responsabilidade individual pelo seu sentido de vida, e coletivo
para proporcionar a todo indivíduo esta possibilidade.
Cabe ainda compreender se essa capacidade
evolutiva foi um acerto ou um grande erro, por um lado capacitou a espécie
humana a dominar, garantindo a manutenção e propagação da espécie, gerou uma
maior possibilidade de alimentação com menor esforço, e reduziu o risco de
predadores. Por outro lado, tornou o outro da sua própria espécie um predador
potencial, coisa rara nos outros animais. Acarretou a busca por sentido da vida,
e a angústia existencial perante a finitude, além de provocar um desequilíbrio ecológico.
Obviamente estas são reflexões iniciais e não
sistematizadas, é preciso aprofundar e submeter à critica para verificar se tem
um fundamento e se pode ser ampliada. A princípio me satisfaz como uma resposta
filosófica para o sentido da vida.
sexta-feira, 12 de março de 2021
sábado, 27 de fevereiro de 2021
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Conversas com Tillich e Jung
Fazendo a leitura da Teologia Sistemática de Paul Tillich, deparei-me com a questão da alienação como hybris, conceito esse muito profundo e bem explorado pelo autor. Mas o que me leva a escrever é um texto que encontrei no livro de C. G. Jung, “Psicologia e Religião Oriental”, onde Jung faz sua análise comparando os conceitos entre o pensamento religioso Ocidental e Oriental, e citando Kierkegaard, afirma 1:
“Todos os seres humanos alimentam o secreto desejo de serem como Deus e todos agem de acordo com isso em sua auto-avaliação e auto-afirmação”.
Esta necessidade de infinitude aponta para Deus, que é eterno, e do qual devemos participar. Não é possível preenchermos esta angustia de outra forma, alias todas as outras formas são destrutivas e alienantes ao ser e por isso “demoníacas”.
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1-Jung, C. G. Psicologia e Religião Oriental, Ed.Circulo do Livro, pg 15
2 -Tillich, Paul Teologia Sistemática, Ed. Sinodal/ EST, 5ª Edição Revisada, pg 345
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
A violência, policial nossa de cada dia...
Rotineiramente
o Brasil passa por períodos onde o caos na segurança pública aumenta a níveis
astronômicos, e para piorar o cenário, outro problema está se tornando
sistêmico: a violência policial. Não se trata de eventos isolados, fruto do
acaso, ou por um problema momentâneo, mas sim de um sistemático descaso com a
segurança pública, e com os direitos humanos.
Segundo o
Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019, 11 a cada 100 mortes violentas
intencionais foram provocadas pelas Polícias, em 2018 foram 6.220 vítimas
destes 99,3% eram homens, 77,9 % tinham entre 15 e 29 anos e, 75,4% eram negros. Este quadro demostra
claramente quem são as principais vítimas da violência policial.
Segundo
Thomas Hobbes, no seu livro Leviatã o acordo para que a sociedade permitisse a
existência de um poder regulador sobre a vida dos indivíduos era que, este
poder de força seria cedido em troca da garantida de segurança, isto é, nos
submetemos às leis e a autoridade para que esta mesma nos garanta a
tranquilidade e segurança em nossas vidas cotidianas.
O uso da força, da
violência por parte da polícia sempre deve ser uma ação reativa. Isto é, a
polícia reage a violência, ela não promove a ação violenta. Não se pode admitir
que a polícia exerça uma ação antes de ser provocada por uma ação e a resposta
deve ser igual ao grau de violência, e não a exceder. Isto faz
parte do escopo da ação policial, e todo policial deve ser treinado para isto. Este
procedimento é parte do risco da sua profissão, e é por isto que a polícia deve
ser valorizada e respeitada.
Porém quando este preceito deixa de ser
respeitado a polícia deixa de ser uma segurança para ser um perigo, a todo e
qualquer indivíduo. Há aqueles que sempre argumentam que, “bandido bom é
bandido morto”, frase infelizmente popularizada por muitos programas apelativos
de televisão. Cabe lembrar que no Brasil não existe pena de morte, e mesmo que
existisse, não isentaria do processo legal. Em nenhuma parte do mundo ocorrem
execução sumárias pelas forças policiais, as quais não estão investidas do
poder judiciário. O fato é que este procedimento inverte toda a lógica normal
da sociedade, o policial torna-se um assassino e o suspeito, claramente é a
vítima, e não há outra forma de se nominar o fato, se o agressor foi privado do justo processo de acusação, com
a possibilidade de defesa, e caso condenado, cumprir a pena de acordo com o
código penal, que não é a pena de morte. O Estado brasileiro, vem, constante
e sistematicamente falhando na condução de ambiente de segurança pública. É
preciso que retomemos a um estado justo e cumpridor dos acordos sociais, que
possibilite direcionar e facilitar caminhos para o desenvolvimento social, garantindo
a segurança pública e que respeite o arcabouço legal sustentado na constituição
e na normatização jurídica.
https://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019-FINAL_21.10.19.pdf