Estive lendo alguns capítulos do livro " O Homem a procura de sí mesmo." de Rollo May. Psicólogo e Teólogo. Muitos dizem que Rollo continuou de onde Paul Tillich parou, e isto do meu ponto de vista é muito significativo. A avaliação que Rollo faz com relação ao que no seu entender é o grande mal do século XX e diríamos do XXI, o vazio, parece-me completamente pertinente e uma avaliação real da nossa sociedade. Assim como Tillich, o pensamento de Rollo parece-me ser uma das chaves para a compreensão de como a religião deve olhar a cultura e o ser, uma vez que entendo que a psicologia deve tirar sentido das experiências religiosas e fazê-las dar sentido para a interpretação do ser no mundo. Acho que a chave para a teologia contemporânea é a sua interação com a psicologia construindo pontes entre as duas. Entendo que este processo de construção psicoteologica deva fazer parte da formação da nova eclésia, para um novo mundo. O olhar ao mundo nos indica que devemos, temos como obrigação e responsabilidade perante Cristo apresentar uma nova teologia, e uma nova eclesiologia. Creio que temos um longo caminho ainda para tornar estes conceitos aplicáveis e reais, e claro muitos ajustes devem ser feitos neste caminhar. Mas creio que o primeiro passo é a coragem para discutirmos estas ideias, sem pretensão dogmática de que seja as mais corretas ou palavra final. Nunca devemos esquecer que Deus nunca vai caber nas "caixas" que criamos, por isso a Igreja reformada deve sempre estar se reformando.
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