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sábado, 31 de janeiro de 2009

A questão do aborto.


A edição 2097 de 28/01/09 da revista Veja tocou em um tema polêmico que volte e meia retorna à discussão a questão do aborto. Ao ler a reportagem um fato salta aos olhos, a quantidade de abortos realizados no pais, algo em torno de 1 milhão ao ano, isto nesta década, nos anos 80 chegavam a 4 milhões ao ano.

As questões éticas, psicológicas, religiosas e científicas que envolvem esta questão são muito complexas e qualquer abordagem superficial pode gerar um prejuízo muito grande para a sociedade e principalmente para as mulheres.

Na reportagem uma das questões que mais chocou-me foi a que transcrevo abaixo

"A fonoaudióloga mineira Larissa P., de 28 anos, e seu médico não tiveram muitas dúvidas quando colocados diante dessa questão. Larissa engravidou durante uma relação casual há dois anos. Como sua menstruação sempre foi muito irregular, só se deu conta da gravidez indesejada dois meses depois. Lembra ela: "Logo que descobri, procurei meu médico, e ele me sugeriu o Cytotec. Como sempre tive horror a hospital, preferi usar a pílula em casa". O médico explicou-lhe como seriam os sintomas, e ela controlou bem a ansiedade: "Foi tudo sem nenhum susto, exatamente como meu ginecologista havia descrito. Em seis horas, estava tudo resolvido. No dia seguinte fui ao consultório fazer um ultrassom para ter certeza de que estava tudo bem". "

Abaixo segue a colocação que fiz em uma comunidade que discute a bioética com relação ao aborto :

"A resposta para a questão do aborto passa pela resposta sobre o conceito de vida.

O que é a vida? qual o conceito, científico, filosófico e religioso para esta questão? Para lei, se não me engano, somente existe um ser com direitos após o nascimento, com vida.

E é claro que deve-se entender que há vários "tipos" de aborto, quando a gestação representa risco na manutenção da vida da mulher, quando identificada uma doença que não possibilite a vida após o nascimento e, a forma da qual eu concordo que deva ser proibida, que é a de uma gravidez indesejável.

Concordo que a mulher é dona do seu corpo.... inclusive para fazer sexo sem proteção ou preservativos, porém a partir do momento que resolveu assumir o risco de uma gravidez indesejável, assumiu o risco de gerar uma outra vida e um outro corpo que não é sua vida e não é seu corpo."



Longe de ser uma abordagem pessoal definitiva, procurei ser o mais isento possível, procurando direcionar-me por uma ética cristã correlacionado com uma questão moral atual.

Mas o fato é que, a Igreja Católica tem uma postura definida com relação a está questão, a qual não concordo no seu conteúdo total, porém entendo que falta uma abordagem mais profunda pelo prisma cristão que observe a questão da gravidez pelo prisma de todos os envolvidos, a gestante, o embrião, e a sociedade.

É fácil julgar o difícil é ajudar.

Leia a reportagem da revista veja em : http://veja.abril.com.br/280109/p_068.shtml

E Você o que acha com relação a questão do aborto? Responda a nossa enquete e manifeste o seu ponto de vista.

2 comentários:

Éverton Vidal Azevedo disse...

É um assunto bem complicado mesmo. Não tenho uma posição bem definida ainda. Acho que apóio quando a gravidez apresenta sérios riscos à mulher, ou quando há mal-formações incompatíveis com a vida (como é o caso dos bebês anencéfalos). No caso de estupro está nas mãos da mulher mesmo, é impossível dar uma resposta-pastilha que sirva para todas as situações.

Mas sou pró-vida. Acho que a mulher deve tentar até o fim er o bebê. Não sou a favor de "ah, errei, vamos lá retirar". Isso é banalizar a vida. O aborto sempre deve causar tristeza, afinal é a morte de uma vida.

Agora, sou a favor da legalização do aborto. Acho que é uma forma de defender a vida também, deste caso das mulheres que tentam fazer na marra, penso até que é uma maneira dessas mulheres receberem uma atenção mais especial e quem sabe até renunciarem ao aborto (acho que isso acontece sim).

Mas é um assunto em que temos de estar de olhos e corações abertos, não é sempre que as respostas prontas funcionam. O ideal é estar sempre a favor da vida.

Um grande abraço.
Acompanharei o seu blog.
Inté!

Roberto Rohregger disse...

É verdade Éverton, o fato é que mesmo não sendo legalizado o aborto é praticado em altos números....e de forma clandestina, muitas vezes em verdadeiros açougues.. e eu nunca vi ninguém ser preso por isso, nem a mulher que cometeu o aborto e tampouco o médico....
E se pensarmos, como mostrou a matéria da revista, que hoje há métodos abortivos muito mais "eficientes" e "limpos" como certas pílulas, praticamente já legalizamos tal procedimento, apenas uma hipocrisia moralista não consegue perceber isso....