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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Críticas e Críticos



Sou profundamente crítico com muitos fatos que ocorrem nas igrejas evangélicas, sei que não somos perfeitos, há muitas distorções, muitas igrejas inclusive que levam o título de evangélica apenas de fachada. Mas critico de dentro das fileiras cristãs, faço como auto-critica religiosa e inclusive pessoal, pois sei que como cristão estou muito aquém daquilo que meu Senhor e Salvador me instrui. 

Mas creio que a sociedade esquece facilmente também o que as igrejas evangélicas e os cristãos fazem belo bem comum, pelo próximo. 

Mesmo sabendo que nada do que fizermos é o que  nos leva a salvação, ou seja não é para “recebermos favores de Deus” já que somos salvos pela Graça. 

As igrejas cristãs estão entre as que mais investem na sociedade para o bem comum, é só verificar, aqui mesmo em Curitiba a quantidade de hospitais evangélicos e católicos, a quantidade de instituições de ensino, a quantidade de casas de apoio a toxicómanos, sem contar a imensa quantidade de igrejas que fazem um grande trabalho social de apoio a pessoas carentes, como distribuição de cestas básicas, apoio psicológico e claro espiritual, etc, etc, etc... 

Grandes ativistas pelos direitos humanos e pela justiça social sairam das fileiras das igrejas cristãs, e falo isto não somente no Brasil mas no mundo todo. 

As agências missionárias cristãs estão entre as organizações mais ativas e que levam socorro, inclusive apoio médico e alimento, a nações extremamente fechadas, missionários correm risco de morte para levar justiça e esperança a povos subjugados e oprimidos. 

Claro que o que mais aparece na mídia são aqueles que se aproveitam do povo em benefício próprio, mas nós cristãos protestantes fazemos questão de afirmar que tais instituições não compatilham de fato de nossa fé e do nosso entendimento do Evangelho, faço parte de uma Igreja séria e trabalho em instituições académicas que formam pastores e pensadores sob o prisma da reta doutrina cristã ensinada por Cristo e compartilhada pelos apóstolos. 

E como acadêmico cristão procuro sempre estar intelectualmente preparado para responder aos anseios e dilemas que a sociedade moderna compatilha. Como pastor procuro sempre estar conectado com minha fé e compartilhar com aquele que necessitam e procuram a Deus. 
E é por ver tantas pessoas criticando o cristianismo sem sequer ter a mínima noção do que é ser cristão, ou porque em algum momento de sua parca experiência cristã não teve os seus desejos atendidos, é que resolvi ponderar algumas das questões colocadas acima. 

Saldo ledo engano, creio que pouquissimas instituições religiosas fazem pela sociedade o que o cristianismo faz.  

Aprendemos com os nossos erros históricos, sim já fizemos muito mal também, mas creio olhando para o presente vejo que estamos tentando acertar 

Critico sim e vou continuar criticando as instituições cristãs que estiverem falhando em viver o evangelho, mas se o faço é com humildade sabendo que este que critica também merece ser criticado por estar também falhando com Cristo. 

Por fim, apesar dos pesares estou de bem com a minha fé e estou de bem com a instituição igreja e muito feliz por ser cristão e poder comemorar o Natal no seu verdadeiro sentido : Deus se fez homem, o meu Redentor nasceu ! 

Soli Deo Gloria. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Livros

Promoção - Pacote com 3 livros: R$ 10,00 (E-Book) - Formato PDF
O Intelectual Cristão
Teologia Verde
A sua Imagem e Semelhança.
Para solicitar envie e-mail para roberto.r67@gmail.com, com o título : LIVROS


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Pecador Santo......

Maravilhoso texto de Luiz Felipe Pondé na Folha de São Paulo, reproduzo abaixo. Vale a leitura e meditação. 


A adúltera de Deus

Luiz Felipe Pondé, na Folha de S.Paulo
O Deus de Israel sempre amou as adúlteras. Jesus também dispensou cuidados especiais para com elas, e para com as prostitutas, os ladrões e os desgraçados de todos os tipos. Deus parece não resistir à sinceridade do pecador, assim como a filosofia parece amar a verdade do melancólico.
Na Bíblia hebraica, Raquel, a segunda esposa de Jacó (depois chamado de Israel), por muitos anos uma mulher estéril e idólatra por raiva de Deus, enterrada fora do “cemitério da família” por ter sido uma vergonha para esta mesma família, será escolhida por Deus como consoladora do povo eleito no sofrimento.
Raquel é a “mater misericordiae” do judaísmo. Quando Israel sofre, é o nome dela que deve ser lembrado. Deus ama as infelizes e as elege como suas conselheiras. Qual o segredo da infelicidade?
Não se trata de brincadeiras teológicas “progressistas” que erram achando que ninguém é pecador. A pastoral de hoje, vide as igrejas que crescem por toda parte (o judaísmo não escapa tampouco desse vício), cada vez mais se assemelha a grandes workshops de autoajuda ou treinamentos motivacionais. Nada menos cristão do que um Jesus consultor de sucesso. Ninguém quer ser pecador, só santo.
Mas aí reside o erro para com a teologia cristã mais sofisticada: nela, o grande pecador é o mais próximo do santo. A beleza da antropologia do cristianismo está neste sofisticado e denso vínculo dramatúrgico: quando o corpo se põe de joelhos, pelo peso do pecado, o espírito se ergue. Não se trata de dolorismo, mas, sim, da mais fina psicologia moral.
A santidade reside mais na alma do pecador do que na autoestima do “santinho”.
Aliás, devo dizer que minha crítica à religião é diametralmente oposta àquela de tradição epicurista ou marxista. Esta, grosso modo, critica a religião porque ela faz do homem um alienado covarde, e que se vende a Deus para ser um alienado feliz. Eu me alinho mais ao pensamento do teólogo Karl Barth (século 20), para quem a religião torna tudo um mistério maior e traz à tona um sofrimento maior, mas que, por isso mesmo, amplia a consciência de nossa condição humana. Sofro, por isso penso, e logo, existo.
Recuso as religiões institucionais não porque elas fazem do homem um medroso, alienando-o de sua felicidade e autonomia (como creem Epicuro e Marx), mas sim porque as religiões fazem do homem um feliz, alienando-o de sua própria agonia. Quando a religião vira marketing, é melhor caminhar só pelo vale das sombras.
Revi recentemente o maravilhoso “Fim de Caso” (filme de 1999, dirigido por Neil Jordan), com a deusa Julianne Moore e Ralph Fiennes. O filme é uma adaptação do romance de Graham Greene e narra a “sua conversão”. Trata-se de um fino tratado de teologia, melhor do que grande parte dos livros que afirmam sê-lo.
No filme, a compreensão da íntima relação entre pecado e graça é avassaladora. Nada mais forte do que a graça para iluminar a agonia do pecador para si mesmo: o santo não é um santinho.
A personagem de Julianne Moore é uma adúltera, que ao longo do filme apresentará traços claros de santidade, chegando a realizar um milagre. A adúltera, infiel ao seu marido, destruidora da fé no casamento e no amor que organiza a vida e a sociedade, o tipo mais vil de mulher, é aquela que mais fundo toca Deus em sua paixão pela agonia humana. No cristianismo, Deus leva a agonia humana tão a sério que resolveu Ele mesmo passar por ela, na figura da Paixão de Cristo.
Um musical a estrear, baseado na obra de Victor Hugo (século 19), “Os Miseráveis”, com Hugh Jackman no papel de Jean Valjean, fugitivo da cadeia, e Russell Crowe no papel de seu perseguidor implacável Jabert, traz uma das maiores cenas da teologia cristã já representada na arte. Jean Valjean, após ter roubado os castiçais da casa de um padre, e ser pego pela polícia, é perdoado pelo padre que confirma para a polícia a mentira contada por Valjean: “Sim, eu dei os castiçais para ele”.
Este ato transforma Valjean. O encontro entre a misericórdia e o pecador é uma das maiores afirmações do sentido da vida.

domingo, 25 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Criação e o Criador

O livro Criação de Alister McGrath, segue a mesma qualidade, tanto em imagens quanto no texto do outro que lí, Encarnação. (veja Aqui)

McGrath mostra neste volume de forma primorosa os aspectos fundamentais da soberania de Deus na criação, apontando para a espiritualidade que há na natureza, e como esta indica o criador. A responsabilidade  e o lugar do ser humano na criação são explorados de forma extremamente teológica, com conceitos maduros e bem fundamentados. 

Uma obra para ser lida e relida, explorada em seus vários aspectos, sejam nas informações e relações artísticas que são apresentadas ou em suas nuances espirituais.  A queda, a restauração e a redenção são conceitos fundantes para todo o Cristão, e nesta obra podemos vislumbrar, e entender um pouco mais o grande mistério que é Deus. 

Para saber mais  clique AQUI


Ministérios fracassados.....

Fiquei profundamente emocionado e edificado por este documentário, e posso dizer:
Meu nome é Roberto Rohregger e tenho um ministério fracassado, aos olhos dos homens, graças a Deus. E que Deus continue me orientando para ter este tipo de fracasso ministerial, que é um profundo sucesso. Amém.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um encontro com o Criador através da criação...

"Amarás o Senhor teu Deus de todo o seu coração, de toda a alma e de todo o entendimento." (Mt.22.37). 
Este é o maior mandamento de todos, a responsabilidade suprema de todos os cristãos. Com essas palavras surpreendentes, Jesus estabeleceu uma agenda para o discipulado cristão que reverberou ao longo dos séculos. Toda a faculdade que temos deve procurar alcançar a alegria de crescer na fé para nos tornarmos cristãos mais fiéis e eficazes. Temos de usar todos os recursos que Deus nos deu para nos ajudar a "conhecer Cristo de forma mais clara, amá-lo de modo mais amoroso e seguí-lo bem de perto." 

Criação, Alister MacGrath,  pg. 4, Ed. Hagnos. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pão ungido.....

Mais uma da IURD. Se eu considerasse esta denominação evangélica diria que teria de haver uma reforma protestante em suas fileiras.... Mas enquanto seita somente oro para que seus seguidores possam um dia ter um encontro com Cristo. Quanto aos seus líderes.... Bem.......


Movimento Neopentecostal, sua teologia e consequências

Na semana passada finalizei a leitura do livro Movimento Neopentecostal Brasileiro de David Allen Bledsoe, publicado pela editora Hagnos. Como já havia dito quando estava em torno da metade do livro, ele causou-me excelente impressão. Uma rica pesquisa bibliográfica e de campo possibilitaram uma grande consistência para a análise teológica e eclesiástica que se fez deste movimento avaliado principalmente através do estudo de caso da IURD. 

O autor faz uma avaliação das ondas da propagação do evangelho ocorrido no Brasil iniciado pelo movimento protestante das igrejas históricas. Avalia em cada um destes períodos as principais denominações que  foram o estopim para aquela onda ou contribuíram significativamente para o desenvolvimento da mesma. Isto é vital para entendermos a evolução do movimento evangélico, bem como suas distorções no decorrer da história e como foi desembocar no movimento neopentecostal. 

A principal pergunta que o livro se propõe a responder é se este movimento contribuiu para a evangelização do povo brasileiro, e com  boa consistência e evidências, principalmente com bom diálogo teológico, podemos dizer que esta meta foi comprida. 

Já havia dito que sentia falta de um livro que respondesse de forma taxativa algumas questões profundamente relevantes,  que fazem profunda diferença quando analisamos se um movimente tem de fato a "chancela" de evangélico, e podemos afirmar que este material consegue fazer isso. 

A forma como o livro foi escrito é acadêmica, mas não de difícil leitura, pode, e deve, ser lido por cristãos que não tem uma formação teológica escolar. A leitura é agradável e faz com que você queira ir para a próxima página, dai para o próximo capítulo de foma muito agradável. 

Uma pequena critica seria alguns parágrafos que aparecem, mesmo que não de forma exatamente textual, em outros capítulos, que por outro lado serve para fixar alguns temas com maior ênfase. 

Leitura altamente recomendável. 

Agora vou começar a ler o livro Criação de Alister McGrath, e avaliando pelo volume Redenção que já li a expectativa é a melhor possível. 

Para saber mais acesse o site da Editora Hagnos Aqui.

A reflexão teológica e a ecologia.


A reflexão teológica e as concepções históricas do pensamento cristão estão constantemente passando por reflexões, transformações, reinterpretações e contextualizações da mensagem dos Evangelhos. Estas constantes reinvenções teológicas normalmente se estabelecem dentro de um contexto histórico-social, onde o pensamento e o conceito de sociedade conceito de sociedade merecem e/ou de uma interpretação cristã da realidade e que deve ser feita de maneira critica e criteriosa, não necessariamente dogmática, mas dialeticamente cristã.
A grosso modo dividi em 5 grandes temas em que seria possível a inferência teológica :
- Ética
- Capitalismo (não como objeto de estudo da economia, mas seus reflexos no pensamento e ação do indivíduo e suas conseqüências sociais.)
- Existencialismo - a questão do ser.
- A ontologia
- O Ser de Deus.
Apesar de que em menor ou maior grau (salvo alguns itens) todos podem ser relacionar e algumas vezes correlacionar. Há um tema que sempre foi objeto de alguma preocupação da minha parte e transpassa a todos os demais.

A crise ambiental pelo qual estamos começando a passar é antes de tudo um problema ético, com impactos diretos no modelo capitalista moderno, implicando em profundas alterações comportamentais, que pode mudar a forma de entendermos a realidade e claro sendo um problema humano encontraremos reflexos no entendimento do Ser de Deus.


Porém podemos afirmar que está crise é um problema teológico?

Para tentarmos fazer esta ponte podemos dizer que na atual conjuntura, se os índices de aumento da temperatura mundial continuar correspondendo às expectativas dos cientistas, suas conseqüências serão desastrosos para manutenção da vida humana. Desta forma o ser humano, ou melhor, dizendo a humanidade será confrontada com sua possível extinção, ou seja, a destruição de toda a vida no planeta terra, transformando este problema em uma questão existencial com reflexos existencialistas, passando como já havíamos dito por problemas éticos, e também filosóficos e religiosos, além é claro de científicos/tecnológicos, e consequentemente por interrogações teológicas.

domingo, 28 de outubro de 2012

Dialética cristã

Dilema moderno: cristianismo burguês x cristianismo radical, um vive da teoria outro se exaspera na prática e olha a esperança do futuro como reflexo que o impulsiona hoje.

sábado, 20 de outubro de 2012

Mais que palavras para falar de Cristo.

Voltei para casa ontem do hospital onde tirei uma "pequena" rocha dos rins e tive uma boa surpresa : recebi alguns lançamentos da Editora Hagnos. Como vou ficar de molho alguns dias aproveitei para  começar a lê-los de pronto. Segue abaixo a descrição dos livros e minhas primeiras impressões. A medida que for lendo vou postando maiores informações. 


Movimento neopentecostal brasileiro

Autor : David Allen Bledsoe 
200 pg.

David é missionário norte americano, com vasto curriculum acadêmico (detalhes Aqui) , com grande experiência no campo missional. 
A proposta do livro que ele escreve é fazer uma análise do movimento neopentecostal brasileiro, analisando especificamente com maior profundidade a IURD, para responder uma questão importantíssima : 

Esta denominação, como uma das representantes do neopentecostalismo no Brasil, facilita a evangelização da sociedade ? Achei o tema fantástico, não raro a questão sobre como encarar este movimento esbarra na falta de avaliações, principalmente de caráter teológico, como bem é citado na pg 15 :

" Dificilmente se encontra uma análise teológica desse movimento realizada por um estudioso brasileiro e nenhuma oferece avaliações missiológicas." 

Este parece ser um trabalho fundamental para o entendimento deste movimento e para a avaliação fundamentada teologicamente com relação a sua contribuição à evangelização. 

Mais detalhes sobre este livro AQUI

Encarnação

Autor : Alister McGrath

Outro material de excelente qualidade são os três volumes da série A verdade e o imaginário cristão (no total são 5 volumes: CriaçãoEncarnaçãoRedenção,Ressurreição e A visão cristã de Deus), escritos por Alister McGrath. O título deste post foi tirado da primeira impressão que tive ao ler o volume Encarnação. 

O resumo que posso fazer deste livro é : Magnifico!. A começar pela qualidade da publicação, material e gráfica, fechando com os textos escritos de forma fácil, porém elaborada. O livro passou-me a impressão viva de que para falar de Cristo é necessário mais que palavras, Alister, combina de forma magnifica teologia (conceitos profundos)  e arte para descrever, e tentar abranger pelo menos um pouco do grande mistério da encarnação, não é um livro de apenas uma leitura, mas de revisitas, há vários aspectos a serem captados nele.

 Indico para quem quer se aprofundar nos Evangelhos e na cosmovisão cristã e também na arte sacra, que nos proporciona tanta beleza e verdades, porém é pouco valorizada por nós cristãos protestantes. 

Mais detalhes sobre o livro AQUI

No decorrer da semana coloco mais informações e avaliações. 

domingo, 7 de outubro de 2012

Dons do Espírito Santo.


Creio nos dons do Espírito Santo, e creio que eles sejam distribuídos ainda hoje sim. Porém já vivenciei muitas manifestações que do meu ponto de vista não tinham nada de “espiritual”.

Entendo que os Dons do ES tem uma função dentro do corpo de Cristo, ou seja a sua manifestação é para a edificação da Igreja, assim como está escrito em 1Cor. 12.4-7:

“4.Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.5.Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.6. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. 7. A cada um, porém é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.”

Muitas manifestações atualmente parecem mais como performance de espetáculos do que manifestações espirituais que edificam a Igreja, apontam muito mais para o “poder” de certos líderes do que para Deus, que é de quem deve vir o sopro do Espírito.

Não raras vezes alguns tipos de manifestações trazem mais confusão do que edificação, com isto não estou dizendo não ser necessário o cristão sério buscar a manifestação dos Dons do ES, ao contrário esta deve ser feita com toda a dedicação possível, porém sempre se norteando pelo que nos ensina as Escrituras.

Quando por desconfiança ou medo a Igreja deixa de buscar o ES e os dons, todo o corpo de Cristo perde com isso, além de fragilizar a fé, perdemos a percepção de um Deus vivo e atuante nos dias de hoje inclusive.

Talvez um dos grandes problemas da Igreja dos dias de hoje seja não saber identificar e incentivar a manifestação dos Dons do ES dentro dos parâmetros da Bíblia. Pecamos pelo excesso ou pela falta.

sábado, 6 de outubro de 2012

Cosmovisão Cristã

Para quem deseja saber mais sobre o tema, seguem abaixo algumas sugestões básicas :

Pós-Modernismo ; Grenz, Stanley J. Ed. EVN, 250 pg.
Razão, Ciência e Fé; Thomas J. D. , Ed. Vida Cristã, 351 pg.
Panorama do Pensamento Cristão, Compilado Palmer, Michael D. Ed. CPAD, 519 pg.
Filosofia e Cosmovisão Cristã,  Moreland, J. P. & Graig, Willian Lane, Ed. Vida Nova, 750 pg.

Para entender um pouco do nosso tempo:
Tempos Líquidos, Bauman, Zygmunt, Ed. Zahar, 115 pg.

Se tiver interesse em aprofundar o tema pode solicitar uma das palestras abaixo, uma específica sobre Cosmovisão Cristã,  para sua Igreja : 


Igrejas Sadias para um mundo doente.


Palestra: Qual o meu lugar no mundo?

Esta palestra leva os ouvintes a questionar seu posicionamento com relação a sociedade atual e sua influência como cristãos. Na palestra é sugerido uma mudança de atitude, para que passemos de influenciados a influentes dentro das estruturas do mundo moderno.

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Palestra : O Fim das utopias : Hipermodernismo e  cristianismo; O papel do jovem na construção do futuro.

Conteudo : Trata - se  da análise das correntes ideologias sociais modernas, a sua influencia ou contraposição ao cristianismo e o papel que o jovem cristão tem na construção de um futuro comprometido com a ética do evangelho buscando o resgate de uma sociedade utópica possivel. 
Conceitos a serem explorados : Hipermodernismo, sociedades complexas, comunidades, pós-modernismo, papel da igreja na sociedade.

Objetivos : Demostrar as principais correntes ideologicas que influenciam o pensamento modernos, fazendo que o jovem consiga identificar estes padrões dentro do seu próprio contexto social. Demonstrar os pontos contrarios ao cristianismo. Criar um pensamento critico e responsável do jovem com relação a sua responsabilidade de levar o cristianimo para a sociedade como opção para a construção de um futuro melhor. resgatar o sonho utópico realizável.

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Palestra : Política x Cristianismo : Desenvolvimento de um Projeto de Poder Cristão


Trata-se da análise das correntes políticas-ideológicas modernas, e do recorrente perigo do niilismo e da profunda apatia que toma conta da sociedade com relação à política, e principalmente a falta de um projeto político cristão. 
  
A linha principal seria fazer com que o jovem observasse e compreendesse o papel e responsabilidade que tem como cristão em uma sociedade carente de projetos políticos coerentes com os conceitos cristãos.

Procurar desassociar o termo “Política” do viés pejorativo com o qual foi imposta nos últimos tempos.
Criar um pensamento critico e responsável do jovem com relação a sua responsabilidade de levar o cristianismo para a sociedade como opção para a construção de um futuro melhor. 

Objetivo: Nesta palestra pretendemos:

Observar e esclarecer à luz das escrituras, como se deve entender o conceito de política. 
O conceito de Reino de Deus.
O papel do Jovem na política
O que se pode entender como Projeto de Poder Cristão.
Modelos de Lideres Cristão que influenciaram a sociedade: Martin Luther King, Albert Schweitzer, C. S. Lewis, e outros.
O perigo de um Estado Teocrático.
Distorções religiosas: Estados Islâmicos X Estado Fundamentalista Americano.

Cosmovisão Cristã e Secularismo

Nos dias 3 a 5 de Outubro foi realizada em Curitiba a Conferência Teológica Vida Nova , com o tema : Cosmovisão Cristã e Secularismo. 

Os palestrantes convidados foram Norma Braga Venâncio e Pr. Luiz Sayão.  De forma geral as palestras foram boas, sendo que a primeira no dia 3 foi dada pela Norma Braga, que apresentou um entendimento da cosmovisão cristã como uma antítese do pensamento secular. Alguns pontos que palestrante abordou eu pessoalmente discordo do seu entendimento, principalmente porque ao meu ver distancia a Igreja de um diálogo com a sociedade, porém participo de outros conceitos que foram elaborados na palestra, principalmente com relação ao pouco preparo da Igreja para discutir questões vitais com a sociedade. 

Outro ponto que discordo da palestrante foi seu posicionamento com relação aos pensamentos econômicos, juntando em um mesmo saco a teologia da libertação, comunismo e missão integral. Há em todos estas formas de pensar profundas divergências e, claro, algumas convergências, mas não podemos colocar todas no mesmo nível. Discordo que o capitalismo, da forma como ele se apresenta hoje, seja a melhor opção de vida, creio que podemos construir formas mais harmônicas e cristãs de convivência. 

Nos dois dias seguintes tivemos a presença do Pr. Luiz Sayão que, no dia 4 apresentou de forma didática a história do pensamento secular, ou seja da formação do secularismo. Do meu ponto de vista foi uma excelente apresentação, somente creio que faltou um ponto importante no seu discurso que seria um ponto marcante para a imposição do pensamento secular, que foram as profundas guerras religiosas que sacudiram a Europa e que levaram ao questionamento do pensamento religioso, e do cristianismo como uma foram de vida justa. Mas de forma geral a apresentação do Pr Luiz Sayão foi uma grande aula. 

No Dia 5 Sayão apresentou uma forma de pensar pelo qual deve passar a leitura que nos cristãos fazemos do mundo e principalmente a forma como apresentamos nosso entendimento para a sociedade, e esta forma de pensar passa pela volta a uma teologia bíblica que deve levar em conta a transformação pessoal, como sinal do Senhorio de Cristo e um discurso sobre a verdade de forma humilde. 

De forma geral foram 3 noites que nos levaram a um meditação profunda de como podemos e devemos apresentar a Cristo em uma sociedade profundamente secularizada, diante de uma modernidade líquida e incerta, disposta a aceitar que cada um tem a "sua verdade", fazendo que de fato não haja verdade alguma... 

Este é um grande e profundo desafio para o cristão contemporâneo. 


sábado, 22 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Pastorear, uma prática esquecida....

A ação de pastorear é algo que deve ser exercido com amor, cuidado e dedicação, não pode se resumir a presença pastoral no domingo diante do púlpito, na apresentação da Palavra, esta é uma das atribuição do pastor e do pastoreio. 

O pastoreio exige um envolvimento com o indivíduo de forma tal que não somente o pastor conheça a ovelha, mas esta reconheça e conheça seu pastor, assim Jesus apresenta-se como pastor que é conhecido pelas suas ovelhas e por isso elas não seguirão outras “vozes”.  

O Pastor é aquele que deve oferecer orientação, cuidado, proteção, orientação, compromissado com as necessidades da comunidade e do individuo, assim Davi nos apresenta Deus como pastor, Ele é o pastor, que conduz e protege, Nele nada me fará falta, me provem tudo que necessito, orientador e animador, na sua direção confio, sua bondade e amor sempre são presentes. 

Desta forma Deus é nos apresentado como o mais alto grau de Pastor e indica o modelo ideal de pastoreado. Claro que um modelo a ser perseguido e sempre incompleto enquanto exercício humano. Por isso faz-se necessário a dependência do pastor do Espírito Santo, como orientador em todos os aspectos pastorais. 

E é sempre com o exemplo de Jesus que em ultima análise exerceu o modelo pastoral de forma completa é que se deve exercer a função ministerial, e somente neste exemplo que podemos entender a função de servo e através dele é que podemos julgar a missão da Igreja no mundo. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Diálogo Inter-Religioso é possível?


Diria que é extremamente necessário exercitarmos a nossa tolerância, tanto no aspecto religioso, quanto cultural. Normalmente vemos o mundo através da nossa perspectiva que é limitada pela nossa cultura e sistema religioso em que somos educados. Quando passo a julgar o outro simplesmente por ser diferente e exercitar opções diferentes da minha, faço-o do meu ponto de vista, limitando assim  compreensão da realidade somente pela minha ótica.

Não posso, não devo e não é ético forçar qualquer pessoa a compartilhar do meu sistema religioso, isto significaria “violenta-lo” como indivíduo. Posso, contudo  exercer o diálogo e construir “pontes” de entendimento e respeito mútuo.

A globalização permitiu um maior contato entre civilizações, e conseqüentemente levou a choques entre culturas diferentes, e diferentes não que dizer erradas, ou inferiores. O grande problema é que sistemas religiosos fundamentalistas e intransigentes encaram o diferente como errado, e passam a “demônizalos”. E quando fecho a porta para o diálogo, deixo de conhecer o outro, de aprender com o diferente, de fazer concessões e sem estes pontos o diálogo inter-religioso não pode existir e desta forma o diferente sempre vai apresentar-se  como algo a ser combatido.

Infelizmente o que mais percebemos hoje são grandes sistemas religiosos intransigentes, que apóiam atos violentos para exercer sua supremacia para apresentar-se como representantes autorizados de Deus, a sua fé e os seus dogmas é que são a verdade, se intitulam os portadores da voz e da mão de Deus. Cabe ressaltar que os representantes destas religiões, que através da sua cosmovisão limitada, limitam a grandeza de Deus proporcionando cada vez mais o afastamento entre as culturas, alimentando o preconceito e a alienação entre os povos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Hermenêutica e a Interpretação Bíblica


DEVO APRENDER A COMO INTERPRETAR A BÍBLIA?

de D. A. Carson

Princípio VI

A Aplicação de Alguns Temas e Assuntos Devem Ser Tratados Com Cuidado Especial, Não Apenas Por Causa Da Sua Intrínseca Complexidade, Mas Também Por Causa de Mudanças Essenciais Nas Estruturas Sociais Entre Os Tempos Bíblicos e Nossa Própria Era.

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Rm 13:1-2). Alguns cristãos têm racionado a partir desta passagem que sempre devemos nos submeter às autoridades governantes, exceto em casos de consciência diante de Deus (At 4:19). Mesmo assim, nos “submetemos” às autoridades por pacientemente suportarmos as sanções que elas impõem sobre nós neste mundo decaído. Outros cristãos têm raciocinado a partir passagem que já que Paulo continua e diz que o propósito dos governantes é manter a justiça (Rm 13:3-4), então, se os governantes não estão mantendo a justiça, chegou a hora de quando as pessoas justas devem opor-se a elas, e até mesmo se necessário, destituí-las. Estas questões são extremamente complexas, e foram analisadas com um grau de detalhe pelos reformadores.

Mas há, claro, um novo detalhe acrescido à complexidade do debate, é quando a pessoa sai de um regime totalitário, ou de uma oligarquia, ou de uma visão de governo atrelada a uma monarquia herdada, para alguma forma de democracia. Isto não para elevar a democracia a uma altura que ela não deva ocupar. Diga-se, ao contrário, que em teoria pelo menos uma democracia lhe permite “destituir” um governo sem a violência ou matança. E se as causas da justiça não puderem atingir tal alvo, é porque o país como um todo caiu num miasma em que falta a vontade, a coragem, e visão para quem está ao poder fazer, mas escolhe não fazê-lo, por qualquer que sejam as razões. Quais, precisamente, são as responsabilidades do cristão neste caso, qualquer que seja o ponto de vista do significado de Rm 13 em seu próprio contexto?

Em outras palavras, novas estruturas sociais além de qualquer coisa que Paulo pudesse ter imaginado, embora não se possa voltar atrás do que ele falou, pode nos forçar a ver quais são as aplicações válidas, bem ponderadas, que exige que nós incluamos algumas considerações que ele não podia ter previsto. É um grande conforto, e epistemologicamente importante, lembrar que Deus já previu tais situações. Mas isto em si não reduz as responsabilidades hermenêuticas que temos.

Fonte : Hermenêutica

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Papiro diz que Jesus se casou

Observação : Apesar de ser um documento aparentemente antigo e original, isto por sí, só não lhe da validade como informação fidedigna histórica. 

Sabemos que vários escritos trabalhados por grupos gnósticos vaziam releituras da vida de Cristo, reinterpretando-a a partir de seus conceitos filosóficos. 

Nenhum dos Evangelhos faz alguma menção de Jesus casado, apesar da proximidade das mulheres com o grupo que seguia a Jesus. Apesar de Jesus valorizar a mulher, as Escrituras deixam isso claro, inserindo-as na participação de seu Ministério, não há nenhuma evidência séria de Jesus casado. 

Assim como o evangelho de Judas, este documento histórico pode servir sim para entender um pouco mais sobre os grupos gnósticos que tentaram apropriar-se da história de Jesus, usando-a ao seu bel-prazer. Imputar a este texto uma relevância, ou um status de documento revolucionário é abusar da crítica histórica. 

Soli Deo Gloria

Roberto Rohregger.

Fonte : Estadão 

Descoberta não é uma prova, diz historiadora de Harvard, mas reacende um debate de séculos

18 de setembro de 2012 | 19h 23


Uma historiadora da Universidade de Harvard identificou um pedaço de papiro datado do século 4 que sugere que Jesus Cristo teria se casado. No fragmento, escrito no idioma copta, surgido do Egito antigo, há uma frase nunca vista nas Escrituras: “Jesus lhes disse: ‘Minha mulher...” A frase é interrompida neste ponto, mas, na linha de baixo, lê-se “...ela será capaz de ser minha discípula”. 

“A tradição cristã sustentou por muito tempo que Jesus não era casado, mesmo sem provas históricas confiáveis para corroborar essa afirmação”, disse em nota a historiadora Karen King, que anunciou a descoberta num encontro de especialistas na cultura copta em Roma. Entretanto, Karen, de 58 anos, que já publicou vários livros sobre descobertas recentes relativas aos Evangelhos, lembra que “esse novo evangelho não prova que Jesus foi casado”.

A origem do fragmento é um mistério, assim como a identidade de seu proprietário, que preferiu o anonimato. Até ontem, a historiadora o havia mostrado apenas a um seleto grupo de especialistas em papirologia e na língua copta. Eles concluíram que a probabilidade de o fragmento ser falso é remota. 
Mesmo com tantas questões pendentes, a descoberta pode reacender o debate em torno da polêmica: Jesus foi casado? Maria Madalena foi sua mulher? Ele teve uma mulher entre seus apóstolos? São perguntas feitas desde os primeiros séculos da Cristandade, mas que se tornam relevantes hoje com o debate em torno da possibilidade de mulheres assumirem funções de padres.
 
Ineditismo. Antes de partir para Roma, Karen recebeu em seu escritório, na quinta-feira, os jornais The New York Times, The Boston Globe e uma revista de Harvard. Apesar de reiterar que sua descoberta não prova que o Jesus histórico tenha sido casado, ela disse que o achado é “excitante” porque é a primeira declaração atribuída a Jesus ele diz que tinha uma mulher. 

“Esse fragmento sugere que alguns dos primeiros cristãos tinham uma tradição na qual Jesus era casado”, diz ela. “Sabemos que existia uma controvérsia no século 2 sobre o casamento de Jesus, assim como um debate sobre se os cristãos deveriam se casar ou fazer sexo.” 

Karen diz que ficou sabendo do que chama de “O Evangelho da Mulher de Jesus” quando recebeu, em 2010, um e-mail de um colecionador de papiros coptas, gregos e arábicos com um pedido de ajuda para traduzir o documento, O colecionador o comprou em 1997 de um professor de egiptologia alemão. Não se sabe onde, quando ou como o papiro foi descoberto originalmente. 

Karen recebeu o fragmento de dezembro passado. Após três meses, ela o levou a Nova York para mostrá-lo a dois papirologistas, das renomadas Universidades de Nova York e Princeton. Eles concluíram que “é algo impossível de falsificar” e que o significado das palavras “minha mulher” não pode ser questionado. A idade do fragmento será confirmada por espectroscopia.

A pesquisa de Karen deve ser publicada em janeiro na revista Harvard Theological Review. Ariel Shisha-Halevy, um respeitado especialista em copta da Universidade Hebraica de Jerusalém, também consultado pela especialista, disse acreditar que “o texto é autêntico”. / NYT e REUTERS

Igreja Evangélica Brasileira : riscos e oportunidades.


Creio que hoje a Igreja Evangélica Brasileira está muito exposta a riscos, e aproveita pouco suas imensas oportunidades.

Digo que ela está exposta a riscos pela imensa quantidade de igrejas existe, o que deveria ser mais geradora de oportunidades do que riscos, porém a liberdade da utilização do titulo de evangélicas aliado a liberdade doutrinária e falta de preparo dos lideres, e ainda uma certa quantidade de “lobos na pele de cordeiro”, contribuem para uma mistura que vez ou outra explode nas manchetes dos jornais, geralmente nas páginas policiais ou de escândalos.

Pela estrutura que as Igrejas possuem, com a quantidade de pessoas que congregam, muitas das quais com excelente formação em vários campos do saber, poderia e deveria ser mais atuante na sociedade, apresentado idéias e ações que indiquem caminhos de vida. A Igreja parece não conhecer, ou fingir que não conhece o seu imenso potencial para apresentar as boas novas de forma prática e coerente com os ensinos de Jesus, ao contrário se fecha em torno de seus próprios interesses e dentro de quatro paredes.

Faz-se urgente uma mudança de cosmovisão da Igreja, falta sairmos de um evangelho egoísta e individualista para um evangelho trasformador, falta realmente mostrarmos que somos chamados para apresentar-nos como sal e luz.

Muitas vezes infelizmente o crescimento evangélico está servindo como modernos currais eleitorais onde as igrejas demonstram seu poder aos políticos esfregando os números de membros, servindo inclusive de palanque em troca de favores, não seria a marcha para Jesus uma demonstração desse poder? Não seria a forma de muitos lideres evangélicos dizerem: “Olhem quantos nos somos..., não mexam com a gente...”?





Um dos meus antigos sermões... este preguei em 2007, mais especificamente em 22/09/07. 

A fé que vai além do milagre. – Mateus 8.23-27

Pastor Roberto Rohregger
Hoje quero meditar um pouco sobre a questão da fé e de milagres.

Muito se fala atualmente sobre a fé, há várias correntes teológicas que falam sobre a fé;

Temos por exemplo a teologia da prosperidade, que ainda faz muito sucesso entre o povo evangélico.

Há muitas linhas que condicionam a ocorrência de milagres pela fé, ou seja, a fé da pessoa fez com que se movesse a mão de Deus.

E há também o julgo contrário, daquela pessoa que não obteve o milagre, geralmente nas alas mais radicais, podem dizer que essa pessoa não teve fé suficiente para que se realizasse um milagre que se está necessitando em sua vida.

Porém em um País como o nosso em que ocorrem tantas desgraças, e quando muitas vezes olhamos para a própria Igreja, parece que as coisas não funcionam exatamente dessa forma.

Há muitas pessoas que passam dificuldades tremendas dentro da Igreja, pessoas de um caráter irrepreensível, pessoas boas e que vemos por experiência que tem fé, são crentes fieis. Porém suas dificuldades não são resolvidas, insistem por um milagre, que não ocorre.

Já vi também situações em que a pessoa na mais franca alegria testemunha que Deus “deu” um carro 0 Km, e que por isso ele estava muito feliz. E naquele momento um irmão pensava enquanto ouvia o testemunho, por que Deus não gostava dele, uma vez que ele tinha uma grande dificuldade de prover o alimento para sua família todo o mês, seu aluguel estava atrasado e ele estava sem emprego. Sempre vinha na Igreja, sempre orava, cria em Jesus Cristo, então porque as coisas eram tão diferentes entre eles??

Para aquele irmão não era possível que Deus tivesse filhos mais queridos, e ele lembrava que haviam  dito que Deus não fazia acepção de pessoas, ou seja, Deus amava a todos de forma igual.

Logo a pergunta que ecoa é Por quê?

A Igreja Profética...


Quando olhamos a história de Israel vemos que este povo passou crises tão grandes ou maiores que as vivemos hoje. Em vários momentos da narrativa bíblica podemos constatar toda a sociedade israelita corrompida, desde os altos escalões da administração publica, a começar com o rei, até ao mais simples representante do povo, que ao ver os exemplos da classe dominante assimilava rapidamente os seus conceitos como forma de adaptação e sobrevivência. Mas sempre havia setores da sociedade que não aceitavam tão passivamente esta acomodação a valores antibíblicas que corrompiam a sociedade e afastavam cada vez mais dos planos de Divinos. 

E quando todos achavam que estavam protegidos pela muralha da indiferença, Deus levantava um profeta para confrontar a sociedade. Muito das exortações destes homens estão gravadas até hoje na Palavra como alerta para o povo. Estes homens imbuídos de uma visão clara e da mensagem de Deus não tinham receio de se levantar e colocar em risco a sua própria vida, sua mensagem era dura e direta.

Hoje vivemos tais crises, o afastamento gradativo e constante dos valores da sociedade dos valores éticos constantes na Palavra de Deus, e parece que todos estão caminhando sem que ninguém os alerte para a proximidade do precipício. Diferente dos tempos bíblicos hoje já não se levantam mais profetas, pelo menos não como os que vemos na Bíblia, grande parte da igreja hoje se acomodoudentro das suas estruturas e estabeleceu seus limites, os profetas do AT não tinham essa limitação alertavam a sociedade sobre todos os seus erros, sejam espirituais ou materiais, falavam da idolatria, falavam da exploração do pobre, falavam da falta de caráter dos seus lideres. Hoje nossas igrejas querem prosperar, querem ser medidas por padrões que imperam na sociedade, já não queremos confrontar os valores do “mundo”, queremos competir com o mundo, queremos nos comparar com o mundo, queremos ser medidos por seus valores, não importa se estão corretos ou não.

Esta igreja é uma igreja morta, vazia, não impera o “não se conformeis”, não é uma igreja profética, até o termo profético ficou desgastado e vazio, apenas palavras de ordem, determinando e exigindo de Deus, o que supostamente seria o direito de seus filhos, a fé foi reduzida à moeda de troca no grande mercado de bênçãos.